Dor nas costas: Cuidado, o problema pode ser o quadril!

A lombalgia, ou dor nas costas é um sintoma muito prevalente e uma das principais motivos de procura ao consultório médico.

A abordagem inicial deve ser procurar a causa dessa dor, e identificar os “sinais de alarme” da lombalgia, que são:
– Dor predominantemente noturna ou no repouso
– Perda de peso inexplicada (mais do que 10 quilos nos últimos 6 meses)
– Surgimento da dor antes dos 18 anos ou após os 50 anos
– Febre persistente, infecção bacteriana recente e/ou imunossupressão
– Incontinência urinária ou fecal
– Histórico de uso crônico de corticoides
– Presença de massa abdominal palpável
– Fraqueza ou formigamento nos membros inferiores
– História de trauma ou osteoporose
– Dor rebelde ao tratamento habitual (repouso, medicação, fisioterapia)

As causas mais frequentes de lombalgia relacionam-se com fatores mecânicos ou posturais (desequilíbrios ou contraturas musculares), sendo menos comum a ocorrência de lombalgia devido patologias da coluna vertebral como:
Discopatias e herniações;
Estenose de coluna;
Patologias reumatológicas sistêmicas;
Fraturas ou tumores

No entanto, uma cas causas mais comuns de dor na região lombar também é decorrente do estilo de vida do paciente: em pacientes sedentários, pode ser causada pela obesidade e fraqueza da parede abdominal, já nos ativos fisicamente, pode ser causada por sobrecargas e erros de na periodização dos treinos, com excesso de volume ou intensidade, sem a adequada recuperação.

Uma causa de lombalgia de difícil diagnóstico é a causada por lesões no quadril. O impacto femoroacetabular, uma alteração óssea que pode ocorrer na cabeça do fêmur ou no acetábulo, o teto da articulação do quadril, é responsável por uma dor difusa na região do glúteo, com irradiação para a região lombar, que pode se confundir com a lombalgia. Essa dor é chamada de “sinal do C”, pois pode acometer toda a região que engloba o púbis, o quadril profundo, o glúteo e a região lombar, formando um arco em forma de C.

Quarenta e dois porcento dos pacientes que apresentam lesão no quadril apresentam lombalgia como queixa principal.

Uma minuciosa consulta médica com história clínica e exame físico completos, complementada com exames de imagens (raio-x e ressonância magnética) quando indicado, favorecem o diagnóstico correto da lombalgia, passo fundamental para um tratamento efetivo.
A constatação clínica da diminuição da amplitude de movimento do quadril, principalmente da rotação interna, é sugestiva de patologias da articulação do quadril.
O correto diagnóstico do impacto femoroacetabular, das lesões labrais ou das tendinopatias ao redor da articulação do quadril, promove a reabilitação mais adequada para a sua dor lombar.
Dr. Carlos Dorileo
Médico do Esporte da Clínica Move

Síndrome de Hipermobilidade Articular

Você tem facilidade para colocar as mãos no chão sem dobrar os joelhos? Percebe um alongamento exagerado no seu cotovelo ou polegar? Percebe seus joelhos um pouco voltados para atrás?

Isso pode caracterizar a hipermobilidade articular.

Observada desde a infância (10 a 30% das crianças podem apresentar) pode ser um fator predisponente para dor articular, luxações , entorses frequentes, assim como lesões recorrentes pela prática de atividade física de forma inadequada.

É muito importante reconhecer esta síndrome para que se tenha uma orientação médica especializada quanto aos cuidados na prática de atividade física.  Proteção articular,  fortalecimento específico, treino proprioceptivo, reconhecimento dos limites de sua articulação são as bases do tratamento.

Outros sintomas como fadiga, dor abdominal e ansiedade podem fazer parte do quadro.  Na maioria dos casos os pacientes acabam recebendo diversos diagnósticos sendo que apenas a síndrome de hipermobilidade poderia explicar.

Se você percebe essa mobilidade exagerada, essa frouxidão nas suas articulações busque uma orientação especializada e desde já evite estalar as articulações e hiperalongar. 

Dra. Milene S. Ferreira
Fisiatra e Geriatra da Clínica Move

Tratamento farmacológico para Obesidade

O tratamento da obesidade é complexo e multidisciplinar e tem como alicerce a modificação do estilo de vida, com dieta saudável, aumento da atividade física e mudanças comportamentais. Infelizmente, o percentual de pacientes que não obtêm resultados satisfatórios com medidas conservadoras é alto; nesses casos o uso de medicamentos deve ser considerado.

O tratamento farmacológico deve ser implementado como adjuvante da modificação dos hábitos de vida relacionados com orientações nutricionais para diminuir o consumo de calorias na alimentação e exercícios físicos para aumentar o gasto calórico. O tratamento farmacológico não deve ser usado como tratamento na ausência de outras medidas não farmacológicas, pois não existe nenhum tratamento farmacológico em longo prazo que não envolva mudança de estilo de vida.

Tudo deve ser individualizado, sob supervisão médica contínua e mantido enquanto seguro e efetivo. A escolha do tratamento deve basear-se na gravidade do problema e na presença de complicações associadas. Os medicamentos recomendados para tratamento da obesidade no Brasil devem ser prescritos por médico especialista capacitado e bem informado sobre o produto, considerando os possíveis riscos do medicamento em relação aos potenciais benefícios da perda de peso para cada paciente.

Os medicamentos para tratamento da obesidade não devem ser prescritos durante a gestação e a amamentação. A prescrição de múltiplos princípios ativos para manipulação em uma única cápsula deve ser evitada, pois podem causar interações medicamentosas imprevisíveis por alterar a farmacocinética e a biodisponibilidade dos seus componentes.

Fórmulas contendo associação medicamentosa de substâncias anorexígena entre si ou com ansiolíticos, diuréticos, hormônios ou extratos hormonais e laxantes, também podem ser potencialmente prejudiciais.

É importante determinar metas de perda de peso realistas mas significativas. Embora a perda de peso sustentada de 3% a 5% do peso já possa levar a reduções significativas em alguns fatores de risco cardiovasculares, perdas de peso maiores produzem maiores benefícios.

Uma meta inicial de perda de 5% a 10% do peso inicial em 6 meses é factível. Vale ressaltar que o tratamento farmacológico da obesidade não cura a obesidade, que é uma doença crônica que tende a recorrer após a perda de peso. Por isso, pessoas obesas devem ter contato em longo prazo com profissionais de saúde com experiência no seu tratamento (endocrinologistas, nutricionistas, educadores físicos e psicólogos).

O tratamento farmacológico pode ser mantido mesmo após a chegada ao peso ideal, para evitar o reganho. Após a perda de peso, ocorrem uma série de alterações hormonais e metabólicas que favorecem o aumento do apetite e a redução do gasto metabólico, tornando a fase de manutenção tão ou até mais difícil que a de perda. Ignorar essa fase e suspender precocemente o tratamento pode ser um erro que leve ao reganho de peso.

É importante você procurar um médico endocrinologista para ajuda-lo nesse processo!

 

Dra. Mirela Miranda

Endocrinologista da Clínica Move

PALESTRA: Biomecânica da Corrida – entenda as principais fontes de lesão

INSCRIÇÕES ENCERRADAS!

Para você, corredor, que quer entender quais são os principais erros de movimento durante a corrida e como isso pode influenciar em sua performance e lesão, essa palestra explicará, de forma simples e através de exemplos práticos, qual a biomecânica correta da corrida, fornecendo maior consciência para a prática adequada do esporte.

Público alvo: praticantes de corrida

Inscrição: 1Kg Alimento (arroz, feijão ou macarrão) que serão doados para o Lar Nossa Senhora Aparecida.

Data: 08/12 – 10h às 12h

No dia da palestra terá o sorteio de uma Avaliação Biomecânica!

 

Ministrante: Juliana Thomé Gasparin

Fisioterapeuta graduada pelo Centro Universitário São Camilo, especialista em Reeducação Funcional da Postura e Movimento pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e Mestre em Ciências pelo Programa de Neurociências e Comportamento do Instituto de Psicologia da USP. Atuou como supervisora responsável pelos ambulatórios de Neurologia, Reumatologia, Esporte, Urofuncional e Gastroenterologia dos cursos de especialização em fisioterapia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, sendo responsável pelas atividades acadêmcas vinculadas aos seus ambulatórios e aos cursos de Reeducação Funcional da Postura e Movimento, Gerontologia e Saúde da Mulher. Também atuou como supervisora da Liga de Reeducação Funcional da Postura e Movimento do HCFMUSP. Atualmente trabalha com avaliação biomecânica funcional e atendimento clínico de pacientes com queixas musculoesqueléticas.

Para dúvidas e maiores informações: juthome21@gmail.com

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