Saúde mental em momento pandêmico: o que já sabemos?

A pandemia de COVID-19 impôs mudanças e restrições que atinge o modo de estar-no-mundo das pessoas. Impacto este que acarreta no aumento da prevalência de distúrbios mentais.

Os principais notificadores de risco à saúde mental associados ao momento de pandemia de COVID-19 são os dos espectros sintomatológicos vinculados aos quadros de:
• Depressão
• Ansiedade
• Pânico
• Estresses Pós-traumático

Esses quatro quadros sintomatológicos podem ser expressos por alterações na rotina de sono, com mudança dos hábitos alimentares, passando pela incapacidade de realização de tarefa até à impossibilidade de um indivíduo manter uma rotina.

Em casos mais agravados, atinge a capacidade da pessoa acometida enfrentar adversidades chegando até a constante sensação de estar com a sua vida em risco e/ou sensação de morte.

Adolescentes têm piora na saúde mental durante a pandemia

Um estudo recente divulgado pela revista The Lancet aponta que o impacto da pandemia de COVID-19 é muito significativo para a saúde mental de adolescentes, mesmo aqueles que não foram contaminados.
Conforme relatado pelos pesquisadores islandeses, pode-se chamar essa faixa etária de “geração perdida”. Sem oportunidades de desenvolvimento central, os dados coletados na pesquisa mostram que sintomas depressivos aumentaram e o bem-estar mental decaiu entre os jovens.

O pesquisador Ingibjorg Thorisdottir e seus colegas estão entre os primeiros a abordar essa quaestão com dados empíricos sobre uma população adolescente. Eles compararam trajetórias de sintomas antes da pandemia (em 2016 e 2018) com sintomas depressivos durante a pandemia.

Cerca de 60 mil jovens entre 13 e 18 anos participaram do estudo, gerando dados únicos e muito necessários. A piora na saúde mental, em geral, foi mais notável entre as meninas de 13 a 18 anos.

Apesar do quadro negativo, houve uma redução no consumo de cigarros e vaporizadores e também nos casos de intoxicação por abuso de álcool entre jovens de 15 a 18 anos, durante a pandemia.

Saúde mental é foco de recomendação da OCDE

No último dia 8 de junho de 2021, mais de um ano após o início ‘oficial’ da pandemia de COVID-19, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou relatório em que recomenda “investimentos e qualidade do atendimento em saúde mental devem ser aumentados com urgência”.
Os prejuízos de ordem social e econômica associados aos transtornos mentais causados ou piorados pela pandemia são alvo do relatório.

Antes da pandemia, a estimativa é que uma em cada duas pessoas já havia sofrido de transtornos mentais e que uma em cada cinco estava afetada de forma permanente.
Das pessoas que desejam receber cuidados de saúde mental, 67% relataram ter dificuldades para obtê-los, conforme consta no documento da OCDE.

Impactos na memória e cognição

Um estudo feito no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, revelou que a memória e a cognição são frequentemente afetadas nos pacientes pós- COVID-19:

83,3% dos pacientes desenvolveram dificuldades cognitivas;
62,7% tiveram a memória a curto prazo afetada;
26,8% sofrem de perda de memória de longo prazo.
Quer saber mais sobre os danos causados pela COVID-19? Clique aqui (http://www.move.med.br/2021/06/01/disfuncao-cognitiva-e-da-memoria-pos-covid-19/)

O que é “Long Covid”?

Também conhecida como síndrome de pós-COVID-19 é o conjunto de sintomas que seguem por semanas ou meses depois da infecção viral.

Fadiga, falta de ar, dores no peito, perda de memória e concentração, insônia, tontura, dores articulares, depressão e ansiedade são alguns dos sintomas mais comuns que permanecem com as pessoas contaminadas pelo vírus.
Estudo no Reino Unido contabilizou cerca de 1 milhão de pessoas dizendo que manifestaram sintomas de COVID Longo por cerca de três meses. Dessas pessoas, 376 mil contraíram o vírus ou tiveram suspeita de contrair um ano atrás.

Há grande variação na intensidade dos sintomas que permanecem mais tempo com as pessoas. Para aquelas que apresentam diversas dificuldades após a contaminação, é preciso atenção e cuidado reabilitador.

Na Clínica Move uma equipe multidisciplinar tem se dedicado ao tratamento e reabilitação dos mais diferentes sintomas e sequelas.

Conheça nossa equipe aqui http://www.move.med.br/tratamentos/reabilitacao-pos-covid/
Dra. Marina Cecchini
Psicológa da Clínica Move

Referências
BAO, Y, SUN, Y, MENG, S, SHI, J, LU, L. 2019-nCoV epidemic: Address mental health care to empower society. Lancet. 2020;395(10224):e37-e38. Available from: https:// www.thelancet.com/action/s howPdf?pii=S0140- 6736%2820%2930309-3 Acesso 23/12/20.
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Educational Activity. COVID-19 and Men- tal Health: Caring for the Public and Ourselves, 2020.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PSICOLOGIA. Como manter a saúde mental em época de COVID-19. Disponível em: <http://www.sbponline.org.br/2020/03/como-manter-a-sau- de-mental-em-epoca-de- covid-19>. Acesso em 15/12/2020.
WANG C, PAN R, WAN X, TAN Y, XU L, HO CS, et al. Immediate psychological respon- ses and associated factors during the initial stage of the 2019 coronavirus disease (COVID- 19) epidemic among the general population in China. Int. j. environ. res. public health (On- line).;17(5):1729. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/a rticles/ PMC7084952/pdf/ijerph-17- 01729.pdf. Acesso em 23/12/2020.
THORISDOTTIR IE, ASGEIRSDOTTIR BB, KRISTJANSSON AL, ET AL. Depressive symptoms, mental wellbeing, and substance use among adolescents before and during the COVID-19 pandemic in Iceland: a longitudinal, population-based study. Lancet Psychiatry. 2021; (published online June 3.)

O que é Ventosaterapia?

A ventosaterapia é uma técnica milenar de medicina alternativa que emprega ventosas. A técnica consiste em acender líquido inflamável dentro de copos redondos de vidro. Uma vez que a chama se apaga, forma-se um vácuo parcial no interior do copo. A diferença entre a pressão interior e exterior acaba por gerar uma força de sucção, estimulando o fluxo sanguíneo e deixando os círculos vermelhos, que desaparecem entre três e quatro dias.

Não existe um consenso na literatura sobre o beneficio dessa técnica, mas os atletas recreativos e competitivos relatam melhora das dores musculares e recuperação da fadiga pós treino  e competições.

 

Daniela Imoto
Fisioterapeuta da Clínica Move

Dor nas costas: Cuidado, o problema pode ser o quadril!

A lombalgia, ou dor nas costas é um sintoma muito prevalente e uma das principais motivos de procura ao consultório médico.

A abordagem inicial deve ser procurar a causa dessa dor, e identificar os “sinais de alarme” da lombalgia, que são:
– Dor predominantemente noturna ou no repouso
– Perda de peso inexplicada (mais do que 10 quilos nos últimos 6 meses)
– Surgimento da dor antes dos 18 anos ou após os 50 anos
– Febre persistente, infecção bacteriana recente e/ou imunossupressão
– Incontinência urinária ou fecal
– Histórico de uso crônico de corticoides
– Presença de massa abdominal palpável
– Fraqueza ou formigamento nos membros inferiores
– História de trauma ou osteoporose
– Dor rebelde ao tratamento habitual (repouso, medicação, fisioterapia)

As causas mais frequentes de lombalgia relacionam-se com fatores mecânicos ou posturais (desequilíbrios ou contraturas musculares), sendo menos comum a ocorrência de lombalgia devido patologias da coluna vertebral como:
Discopatias e herniações;
Estenose de coluna;
Patologias reumatológicas sistêmicas;
Fraturas ou tumores

No entanto, uma cas causas mais comuns de dor na região lombar também é decorrente do estilo de vida do paciente: em pacientes sedentários, pode ser causada pela obesidade e fraqueza da parede abdominal, já nos ativos fisicamente, pode ser causada por sobrecargas e erros de na periodização dos treinos, com excesso de volume ou intensidade, sem a adequada recuperação.

Uma causa de lombalgia de difícil diagnóstico é a causada por lesões no quadril. O impacto femoroacetabular, uma alteração óssea que pode ocorrer na cabeça do fêmur ou no acetábulo, o teto da articulação do quadril, é responsável por uma dor difusa na região do glúteo, com irradiação para a região lombar, que pode se confundir com a lombalgia. Essa dor é chamada de “sinal do C”, pois pode acometer toda a região que engloba o púbis, o quadril profundo, o glúteo e a região lombar, formando um arco em forma de C.

Quarenta e dois porcento dos pacientes que apresentam lesão no quadril apresentam lombalgia como queixa principal.

Uma minuciosa consulta médica com história clínica e exame físico completos, complementada com exames de imagens (raio-x e ressonância magnética) quando indicado, favorecem o diagnóstico correto da lombalgia, passo fundamental para um tratamento efetivo.
A constatação clínica da diminuição da amplitude de movimento do quadril, principalmente da rotação interna, é sugestiva de patologias da articulação do quadril.
O correto diagnóstico do impacto femoroacetabular, das lesões labrais ou das tendinopatias ao redor da articulação do quadril, promove a reabilitação mais adequada para a sua dor lombar.
Dr. Carlos Dorileo
Médico do Esporte da Clínica Move

Síndrome de Hipermobilidade Articular

Você tem facilidade para colocar as mãos no chão sem dobrar os joelhos? Percebe um alongamento exagerado no seu cotovelo ou polegar? Percebe seus joelhos um pouco voltados para atrás?

Isso pode caracterizar a hipermobilidade articular.

Observada desde a infância (10 a 30% das crianças podem apresentar) pode ser um fator predisponente para dor articular, luxações , entorses frequentes, assim como lesões recorrentes pela prática de atividade física de forma inadequada.

É muito importante reconhecer esta síndrome para que se tenha uma orientação médica especializada quanto aos cuidados na prática de atividade física.  Proteção articular,  fortalecimento específico, treino proprioceptivo, reconhecimento dos limites de sua articulação são as bases do tratamento.

Outros sintomas como fadiga, dor abdominal e ansiedade podem fazer parte do quadro.  Na maioria dos casos os pacientes acabam recebendo diversos diagnósticos sendo que apenas a síndrome de hipermobilidade poderia explicar.

Se você percebe essa mobilidade exagerada, essa frouxidão nas suas articulações busque uma orientação especializada e desde já evite estalar as articulações e hiperalongar. 

Dra. Milene S. Ferreira
Fisiatra e Geriatra da Clínica Move

Tratamento farmacológico para Obesidade

O tratamento da obesidade é complexo e multidisciplinar e tem como alicerce a modificação do estilo de vida, com dieta saudável, aumento da atividade física e mudanças comportamentais. Infelizmente, o percentual de pacientes que não obtêm resultados satisfatórios com medidas conservadoras é alto; nesses casos o uso de medicamentos deve ser considerado.

O tratamento farmacológico deve ser implementado como adjuvante da modificação dos hábitos de vida relacionados com orientações nutricionais para diminuir o consumo de calorias na alimentação e exercícios físicos para aumentar o gasto calórico. O tratamento farmacológico não deve ser usado como tratamento na ausência de outras medidas não farmacológicas, pois não existe nenhum tratamento farmacológico em longo prazo que não envolva mudança de estilo de vida.

Tudo deve ser individualizado, sob supervisão médica contínua e mantido enquanto seguro e efetivo. A escolha do tratamento deve basear-se na gravidade do problema e na presença de complicações associadas. Os medicamentos recomendados para tratamento da obesidade no Brasil devem ser prescritos por médico especialista capacitado e bem informado sobre o produto, considerando os possíveis riscos do medicamento em relação aos potenciais benefícios da perda de peso para cada paciente.

Os medicamentos para tratamento da obesidade não devem ser prescritos durante a gestação e a amamentação. A prescrição de múltiplos princípios ativos para manipulação em uma única cápsula deve ser evitada, pois podem causar interações medicamentosas imprevisíveis por alterar a farmacocinética e a biodisponibilidade dos seus componentes.

Fórmulas contendo associação medicamentosa de substâncias anorexígena entre si ou com ansiolíticos, diuréticos, hormônios ou extratos hormonais e laxantes, também podem ser potencialmente prejudiciais.

É importante determinar metas de perda de peso realistas mas significativas. Embora a perda de peso sustentada de 3% a 5% do peso já possa levar a reduções significativas em alguns fatores de risco cardiovasculares, perdas de peso maiores produzem maiores benefícios.

Uma meta inicial de perda de 5% a 10% do peso inicial em 6 meses é factível. Vale ressaltar que o tratamento farmacológico da obesidade não cura a obesidade, que é uma doença crônica que tende a recorrer após a perda de peso. Por isso, pessoas obesas devem ter contato em longo prazo com profissionais de saúde com experiência no seu tratamento (endocrinologistas, nutricionistas, educadores físicos e psicólogos).

O tratamento farmacológico pode ser mantido mesmo após a chegada ao peso ideal, para evitar o reganho. Após a perda de peso, ocorrem uma série de alterações hormonais e metabólicas que favorecem o aumento do apetite e a redução do gasto metabólico, tornando a fase de manutenção tão ou até mais difícil que a de perda. Ignorar essa fase e suspender precocemente o tratamento pode ser um erro que leve ao reganho de peso.

É importante você procurar um médico endocrinologista para ajuda-lo nesse processo!

 

Dra. Mirela Miranda

Endocrinologista da Clínica Move

PALESTRA: Biomecânica da Corrida – entenda as principais fontes de lesão

INSCRIÇÕES ENCERRADAS!

Para você, corredor, que quer entender quais são os principais erros de movimento durante a corrida e como isso pode influenciar em sua performance e lesão, essa palestra explicará, de forma simples e através de exemplos práticos, qual a biomecânica correta da corrida, fornecendo maior consciência para a prática adequada do esporte.

Público alvo: praticantes de corrida

Inscrição: 1Kg Alimento (arroz, feijão ou macarrão) que serão doados para o Lar Nossa Senhora Aparecida.

Data: 08/12 – 10h às 12h

No dia da palestra terá o sorteio de uma Avaliação Biomecânica!

 

Ministrante: Juliana Thomé Gasparin

Fisioterapeuta graduada pelo Centro Universitário São Camilo, especialista em Reeducação Funcional da Postura e Movimento pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e Mestre em Ciências pelo Programa de Neurociências e Comportamento do Instituto de Psicologia da USP. Atuou como supervisora responsável pelos ambulatórios de Neurologia, Reumatologia, Esporte, Urofuncional e Gastroenterologia dos cursos de especialização em fisioterapia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, sendo responsável pelas atividades acadêmcas vinculadas aos seus ambulatórios e aos cursos de Reeducação Funcional da Postura e Movimento, Gerontologia e Saúde da Mulher. Também atuou como supervisora da Liga de Reeducação Funcional da Postura e Movimento do HCFMUSP. Atualmente trabalha com avaliação biomecânica funcional e atendimento clínico de pacientes com queixas musculoesqueléticas.

Para dúvidas e maiores informações: juthome21@gmail.com

Clique aqui e conheça mais sobre o Lar Nossa Senhora Aparecida.

O que são Fraturas por Estresse?

As fraturas por estresse representam 20% das lesões por overuse no esporte e representam um importante limitador de performance durante uma temporada de competição de atletas recreativos e profissionais.

            Conceitualmente, a fratura por estresse engloba dois subtipos: as fraturas por fadiga e as fraturas por insuficiência.  Qual a diferença desses subtipos?

 

  • As fraturas por insuficiência são aquelas que acontecem mediante a aplicação de uma carga habitual em um osso frágil ou doente, como nos casos de osteoporose, tumor ósseo ou infecção local. Esse tipo de fratura é visto em indivíduos sedentários ou com doenças crônicas.
  • As fraturas por fadiga, o  osso afetado é saudável, mas sofre diante de uma sobrecarga mecânica ampliada e repetitiva, que não respeita os limites de readaptação fisiológica desse osso. Esse tipo de fratura  é em geral visto nas fraturas por estresse no esporte.

 

E porque essa fadiga acontece?

O osso responde a uma complexa combinação de  estímulos mecânicos de compressão, tensão e torção para produzir mais osso. Esses estímulos geram o que é chamado de  “microcrack” ou microfratura em resposta ao stress.  Essa reação fisiológica estimula as células ósseas locais a sintetizar microtrabéculas saudáveis e reparar a trabécula lesionada.  Esse é um processo contínuo e promove um aumento da densidade do osso,  quando o estímulo é adequadamente imposto, e respeita o ciclo de remodelamento.

            Se o estímulo é excessivo em intensidade ou frequência, há uma quebra nesse processo e o osso sofre uma fratura clínica.  Nesse caso o atleta vai sentir dor local que piora mediante o estímulo físico do gesto esportivo que motivou a lesão.

            Uma vez que o médico do esporte ou ortopedista suspeitam que a lesão possa ser uma fratura de estresse, é fundamental estabelecer o local anatômico, as características e extensão da fratura, e  isso é feito por meio de métodos de imagem.

            Embora a radiografia simples seja um método de fácil acesso para essa situação, nem sempre as fraturas por estresse são detectadas por meio desse método. O método mais sensível e específico utilizado na prática clínica  é a Ressonância Magnética.

            As fraturas por estresse são classificas em baixo risco e alto risco. As de baixo risco apresentam uma ótima evolução,  e são tratadas com retirada da carga excessiva e reabilitação fisioterápica. As fratura alto risco são aquelas que estão instáveis ou desalinhadas, e  que tem propensão para não consolidar e. Em alguns casos essas fraturas precisam ser tratadas com uma imobilização mais prolongada ou eventualmente até com cirurgia.

            Noventa por cento das fraturas por estresse se localizam em quadril e membros inferiores, em especial no tornozelo e pés. Os esportes que mais estão relacionados com esse padrão de lesão são os esportes que utilizam a corrida de longa distância e os deslocamentos com saltos e pulos de repetição.

 

Faz parte do tratamento avaliar se o atleta apresenta fatores de risco para uma nova fratura, como:

  • Revisar o gesto esportivo para ver se existe algum erro na técnica
  • Reprogramar o volume de treinamento esportivo com o treinador
  • Investigar alterações hormonais ou baixo aporte energético

Os itens acima são exemplo de um check list que deve ser revisto antes de liberar o atleta para retomar o seu treinamento.  As atletas que apresentam disfunção menstrual apresentam um risco adicional, pois estão expostas a uma baixa de estrógeno, um importante hormônio de manutenção da saúde óssea.

 

Em geral, o tempo total para a retomada às atividades normais após uma fratura de estresse é de 8-12 semanas, dependendo do esporte e da fratura em questão. Essa volta aos treinos deve ser feita de maneira gradual, com acréscimo monitorado de carga e sempre respeitando a ausência de dor como referencial para progressão.

Dra Fernanda Rodrigues Lima
Reumatologista e Médica do Esporte da Clínica Move

 

Esteroides Anabolizantes podem causar danos Cerebrais

Apesar de serem proibidos, os Esteróides Androgênicos Anabolizandes são utilizados tanto pelos atletas recreativos como os competitivos, e sempre com o objetivo de melhorar a performance.

Vários são os estudos que mostram a associação do uso dessas substâncias com efeitos adversos como: hipertensão arterial, aumento do colesterol, arritmias cardíacas, aumento do tamanho do coração, trombose, disfunção sexual, diminuição da produção de espermatozóides, alteração das funções hepática e renal, virilização irreversível nas mulheres,  e fechamento precoce da cartilagem de crescimento quando usado na adolescência, entre outros.

Já era sabido o risco na mudança de comportamento como agressividade, mania e em alguns casos até depressão. Adicionalmente, atualmente alguns autores mostraram associação com a diminuição do córtex cerebral em atletas que utilizaram por tempo mais prolongado.

Fazemos um alerta que além de serem substâncias proibidas, consideradas “doping”, os riscos para a saúde são graves e muitas vezes irreversíveis.  E por isso, não há nenhuma justificativa para os Atletas Competitivos ou Recreativos lançarem mão desse método para melhorarem a sua performance.

 

Dra. Ana Lucia de Sá Pinto
Pediatra e Médica do Exercício e Esporte da Clínica Move

 

Aprendendo um pouco sobre o Câncer de Tireoide

O Câncer de Tireoide é, na maioria das vezes, indolente, apresentando boa evolução e resposta satisfatória ao tratamento na maioria dos casos.  É três vezes mais frequente nas mulheres, sendo o quinto tipo de câncer mais comum nas mulheres e o décimo sétimo mais prevalente nos homens.

Dentre seus fatores de risco destacam-se o histórico familiar de câncer de tireoide e a exposição à radiação. O diagnóstico é suspeitado através do exame físico clínico seguido, quando necessário, de ultrassonografia.

Não existe recomendação para realização de ultrassonografia de rotina para o rastreio da doença em todas as pessoas. Quando identificado um nódulo na tireoide, a depender das características clínicas e da ultrassonografia, é necessária a realização de punção por meio de uma agulha fina, aplicada diretamente no nódulo. O procedimento é simples e pouco doloroso e deve, preferencialmente, ser guiado por uma ultrassonografia.

O tratamento do câncer de tireoide é cirúrgico, para a retirada total ou parcial da glândula da tireoide, chamada de tireoidectomia. Em alguns casos específicos é preciso complementar o tratamento cirúrgico com iodo radioativo. Após o procedimento cirúrgico, é necessária a reposição do hormônio tireoidiano, objetivando manter o nível do TSH (hormônio estimulador da Tireoide) em níveis recomendados. Se você acha que tem um nódulo de tireoide, consulte um endocrinologista para diagnóstico e tratamento.

 

Dra. Mirela Miranda  
Endocrinologista da Clínica Move

A importância de se ter um médico de confiança para a sua longevidade

Um estudo publicado em maio deste ano mostra que a relação entre médicos e pacientes é muito mais importante do que se pensava. Apesar de estudos anteriores já  terem apontado benefícios em se manter o mesmo médico por tempo longo, nesta nova pesquisa os cientistas revisaram vários estudos e concluíram que o cuidado médico contínuo também pode salvar vidas.

A continuidade de cuidados é definido pelo contato repetido entre o paciente e o mesmo médico. Esse contato repetido dá aos pacientes e médicos a oportunidade de compreender melhor  as particularidades  e prioridades de cada um e está associado com o aumento da satisfação do paciente, melhora na aderência ao tratamento e diminuição na procura por serviços hospitalares. Além disso, os médicos se mantêm mais informados sobre a saúde do paciente e tomam mais medidas preventivas.

Esse tipo de abordagem mostrou  uma redução nas taxas de mortalidade quando o paciente é cuidado pelo mesmo profissional. Essa análise inclui artigos com cirurgiões e psiquiatras, mostrando que isso é um padrão humano de resposta que engloba toda a medicina – este achado se aplica a outras especialistas e médicos generalistas.

Atualmente se dá muita ênfase sobre os avanços tecnológicos tanto para o diagnóstico como tratamento de diversas doenças. É importante lembrar que esses avanços são extremamente importantes na medicina atual.  No entanto, muitas vezes a abordagem ao paciente é impessoal. Nesse sentido,  este artigo mostra que o lado humano da medicina ainda é muito importante e pode até mesmo ser considerado como uma questão de vida ou morte.

 

Dr. Marco Pontes Filho

Clínico Geral e Reumatologista da Clínica Move

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