15 tiros de 4 segundos de exercício fazem diferença na sua saúde?

Aparentemente sim! Nos últimos anos, uma modalidade de treinamento conhecido pela sigla H.I.I.T., de High Intensity Interval Training tem sido estudada no meio científica e difundida na população.
No entanto, ainda há dúvidas sobre a “dose” e o “intervalo” desse tipo de treino, em que a característica básica é um exercício intenso, explosivo, de curta duração, alternado com um período de repouso ou exercício leve, repetidas várias vezes em um bloco.

No entanto, o interessante estudo intitulado “Inertial Load Power Cycling Training Increases Muscle Mass and Aerobic Power in Older Adults” (Edward F and cols), que foi publicado recentemente na revista médica Medicine & Science in Sports & Exercise investigou o efeito de pedalar uma bicicleta ergométrica em alta intensidade, de forma explosiva, por alguns segundos na massa muscular e na função cardiovascular de adultos inativos entre 50-68 anos.

Antes de começar o estudo, os autores avaliaram a capacidade aeróbia, força muscular, rigidez de parede arterial e capacidade de realizar atividades de vida diária. Durante 8 semanas, esses indivíduos foram submetidos a 15 minutos de treino, 3 vezes na semana. O treino consistia em 15-30 repetições de pedaladas muito intensas que duravam 4 segundos, alternando com 56 segundos de descanso. Com a evolução dos treinos, o período de descanso foi diminuindo para até 26 segundos.

No final desse período, os autores observaram que os indivíduos estudados melhoraram a sua capacidade aeróbia em 10%, ganharam massa e força muscular em membros inferiores, reduziram a rigidez arterial e ainda melhoraram a execução das suas tarefas de vida diária.

Portanto, quando bem executado e com disciplina, 15 tiros de 4 segundos de exercício de alta intensidade, com 56 segundos de descanso, 3 vezes na semana, pode ser uma ferramenta importante para adultos inativos. Aquela desculpa de “não tenho tempo” não serve mais.

Abaixo o link do estudo citado:
https://journals.lww.com/acsm-msse/Abstract/9000/Inertial_Load_Power_Cycling_Training_Increases.96122.aspx

Dra. Fernanda R. Lima
Médica Reumatologista da Clínica Move

Como emagrecer comendo chocolate?

Parece até um sonho né galera? Mas sim, é possível! E gostaríamos muito que você pensasse com carinho sobre isso! 🍫🍫🍫

𝐌𝐚𝐬 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐚𝐬𝐬𝐢𝐦?
Para emagrecer, não tem mais segredos, falamos em todos os posts, você precisa comer menos calorias do que você gasta, ter uma alimentação natural, rica em antioxidantes e antiinflamatórios. Tá, mas o que o chocolate tem a ver com isso?

𝐓𝐮𝐝𝐨!
O chocolate rico em cacau (acima de 70%) é um alimento maravilhoso. Quando olhamos para o fruto cacau nos deparamos com riquíssimos compostos nutricionais, como a procianidina que ajuda no controle da glicemia, a theobromina que é um metabólito da cafeína, deixando você mais ativo para gastar mais energia, e as catequinas que agem diretamente na produção de calor do nosso corpo atráves de estímulos via PGC1alfa que resultam em biogênese mitocondrial, além é claro de ter um sabor delicioso. Nunca vimos uma pessoa sequer fazendo careta quando come chocolate 😊

Ah mas é muito calórico, 𝐯𝐨𝐮 𝐞𝐧𝐠𝐨𝐫𝐝𝐚𝐫!
Não estamos aqui falando para você comer uma barra de chocolate, e sim 2-4 quadradinhos de chocolate de qualidade, rico em cacau, acompanhado de um bom café, aproveitando o momento. Vinte gramas de chocolate 70% (4 quadradinhos, dependendo da marca) tem em média 120kcal, certamente encaixa em qualquer dieta de emagrecimento.

✅ Quer que o chocolate faça parte da sua dieta? 𝐌𝐚𝐫𝐪𝐮𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐬𝐮𝐥𝐭𝐚 com um de nossos nutricionistas e conte que leu esse post, que aí não vai ter erro, terá chocolate na sua vida.

Rafael Klosterhoff e Tiemi Saito
Nutricionistas da Clínica Move

Suplementação de Ácido Linoleico Conjugado

Os chamados Ácidos Linoleicos Conjugados (CLAs) são gorduras polinsaturadas encontradas naturalmente em fontes alimentares derivadas dos animais ruminantes, tais como leite de vaca, queijos, carnes, etc. Como o nome já diz, os CLAs têm como característica apresentar em suas cadeias duas duplas ligações conjugadas, que podem estar em diferentes geometrias (cis ou trans) e posições. Existem 28 isômeros identificados até o momento e os dois mais comuns são o 9,11 CLA ou ácido rumênico e o 10,12 CLA.

Os CLAs também podem ser obtidos sinteticamente através da hidrogenação de óleos de cártamo, girassol, de milho e de soja, porém, a proporção entre eles costuma ser próxima de 1:1, enquanto a forma natural de CLA possui 85% de 9,11 CLA e 10% de 10,12 CLA.

Umas das principais ações dos CLAs é reduzir a lipogênese e aumentar a lipólise em modelos animais e em culturas de células e, por isso, ganharam popularidade na indústria de nutracêuticos, no combate à pandemia de obesidade. Contudo, ele apresenta também outras supostas propriedades e hoje focaremos na sua possível ação antitumoral.

Algumas evidências apontam que o consumo de CLA reduz a incidência e a progressão de alguns tipos de câncer em humanos como, por exemplo, um estudo finlandês que mostra associação negativa entre consumo de leite e risco de câncer de cólon e de mama em mulheres, bem como um aumento na concentração de CLA plasmático. Outro estudo mostrou que sujeitos que consumiram 4 ou mais porções de laticínios por dia obtiveram menor risco de desenvolver câncer colorretal. A suplementação de 7.5g de CLA 10 dias antes da cirurgia de remoção tumoral também reduziu a proliferação de células tumorais.

Embora alguns estudos mostrem efeitos positivos da suplementação de CLA em câncer colorretal e mamário, esses efeitos não foram vistos em estudos populacionais realizados na França e nos Estados Unidos, o que torna imprescindível aumentar o número e a qualidade dos estudos sobre esse tema.
Até a próxima.

Dra. Patrícia Campos-Ferraz
Nutricionista da Clínica Move
@dra.patriciacamposferraz

Ref: Hartigh, Laura. Conjugated Linoleic Effects on Cancer, Obesity, and Atherosclerosis: A review of Pre-Clinic and Human Trials with Current Perspectives. Nutrients 2019, 11, 370; doi:10.3390/nu11020370 www.mdpi

O que é a Artrite reumatoide?

A Artrite Reumatoide é uma doença inflamatória crônica autoimune que acomete principalmente as articulações. É uma doença sistêmica, e por isso, pode afetar outros órgãos, como o pulmão, os olhos, a pele, entre outros. Mas esta é uma situação bem menos frequente.

Os sintomas são:
• Início gradual de dor, inchaço e calor nas articulações, principalmente das mãos, punhos e pés;
• Pode haver uma rigidez articular prolongada pela manhã ao acordar, e ainda dificuldade para realizar atividades diárias como abrir uma jarra, subir escadas, digitar, etc;
• Em até um terço dos pacientes pode haver perda de peso, fadiga, dor muscular e febre baixa.

E como é feito o diagnóstico? A médica(o) perguntará sobre os seus sintomas e fará um exame físico. Irá procurar sinais como inchaço, calor e dor à palpação das articulações que caracteristicamente são acometidas. Ela ainda pedirá alguns exames laboratoriais como o fator reumatoide (em alguns casos o anti-CCP), provas de inflamação (PCR e VHS) e solicitará imagem das articulações de interesse. Alguns outros exames complementares também são pedidos para ajudar em diagnósticos diferenciais.
O tratamento medicamentoso envolve inicialmente o corticoide e recomenda-se o uso mais precoce possível das chamadas drogas modificadoras de doença (como o metotrexato e o leflunomida), e ainda, quando indicados, são prescritos os medicamentos biológicos.
É importante, também, o papel da fisioterapia e terapia ocupacional no alívio da dor e no restabelecimento da função desses pacientes.
Se você tiver algum desses sintomas procure um Reumatologista para afastar ou comprovar o diagnóstico e iniciar o tratamento.

Dra. Carini Otsuzi
Reumatologista da Clínica Move
@reumatologica.oficial

Seis maneiras de prevenir a demência

A demência é um termo genérico que descreve os sintomas de um conjunto de doenças que causam diminuição progressiva da função mental, afetando a memória, a capacidade de raciocínio e o juízo de valores.
A demência ocorre normalmente em pessoas com mais de 65 anos, e estima-se que metade das pessoas com mais do que 85 anos tenham algum grau de demência. A Organiza Mundial da Saúde estima que existam no mundo cerca de 50 milhões de pessoas com diagnóstico de demência, e este número pode atingir 135 milhões em 2050.
Ainda não existe cura para a demência, mas a manutenção de bons hábitos de saúde pode reduzir os riscos do surgimento desta doença.

Aqui vão 6 dicas para prevenir a demência:

1) Faça atividade física: tente realizar pelo menos 150 minutos semanais de atividade física moderada a vigorosa.
2) Tenha uma boa noite de sono: tente dormir de 7 a 8 horas por noite, mantendo a regularidade nos horários de ir para a cama e levantar.
3) Não fume.
4) Mantenha os contatos sociais: interações sociais ajudam a estimular a cognição e a manter o cérebro ativo.
5) Reduza o consumo de álcool: evite bebidas alcoólicas e, quando for beber, não beba mais do que 2 drinks por dia.
6) Alimente-se bem: reduza o consumo de alimentos ultraprocessados e aumente o consumo de alimentos frescos.
A manutenção destes hábitos de saúde pode reduzir os riscos do surgimento de demência e também de outras doenças crônicas, tais como doenças cardiovasculares, diabetes e diversos tipos de cancer.

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