PALESTRA: Biomecânica da Corrida – entenda as principais fontes de lesão

INSCRIÇÕES ENCERRADAS!

Para você, corredor, que quer entender quais são os principais erros de movimento durante a corrida e como isso pode influenciar em sua performance e lesão, essa palestra explicará, de forma simples e através de exemplos práticos, qual a biomecânica correta da corrida, fornecendo maior consciência para a prática adequada do esporte.

Público alvo: praticantes de corrida

Inscrição: 1Kg Alimento (arroz, feijão ou macarrão) que serão doados para o Lar Nossa Senhora Aparecida.

Data: 08/12 – 10h às 12h

No dia da palestra terá o sorteio de uma Avaliação Biomecânica!

 

Ministrante: Juliana Thomé Gasparin

Fisioterapeuta graduada pelo Centro Universitário São Camilo, especialista em Reeducação Funcional da Postura e Movimento pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e Mestre em Ciências pelo Programa de Neurociências e Comportamento do Instituto de Psicologia da USP. Atuou como supervisora responsável pelos ambulatórios de Neurologia, Reumatologia, Esporte, Urofuncional e Gastroenterologia dos cursos de especialização em fisioterapia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, sendo responsável pelas atividades acadêmcas vinculadas aos seus ambulatórios e aos cursos de Reeducação Funcional da Postura e Movimento, Gerontologia e Saúde da Mulher. Também atuou como supervisora da Liga de Reeducação Funcional da Postura e Movimento do HCFMUSP. Atualmente trabalha com avaliação biomecânica funcional e atendimento clínico de pacientes com queixas musculoesqueléticas.

Para dúvidas e maiores informações: juthome21@gmail.com

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O que são Fraturas por Estresse?

As fraturas por estresse representam 20% das lesões por overuse no esporte e representam um importante limitador de performance durante uma temporada de competição de atletas recreativos e profissionais.

            Conceitualmente, a fratura por estresse engloba dois subtipos: as fraturas por fadiga e as fraturas por insuficiência.  Qual a diferença desses subtipos?

 

  • As fraturas por insuficiência são aquelas que acontecem mediante a aplicação de uma carga habitual em um osso frágil ou doente, como nos casos de osteoporose, tumor ósseo ou infecção local. Esse tipo de fratura é visto em indivíduos sedentários ou com doenças crônicas.
  • As fraturas por fadiga, o  osso afetado é saudável, mas sofre diante de uma sobrecarga mecânica ampliada e repetitiva, que não respeita os limites de readaptação fisiológica desse osso. Esse tipo de fratura  é em geral visto nas fraturas por estresse no esporte.

 

E porque essa fadiga acontece?

O osso responde a uma complexa combinação de  estímulos mecânicos de compressão, tensão e torção para produzir mais osso. Esses estímulos geram o que é chamado de  “microcrack” ou microfratura em resposta ao stress.  Essa reação fisiológica estimula as células ósseas locais a sintetizar microtrabéculas saudáveis e reparar a trabécula lesionada.  Esse é um processo contínuo e promove um aumento da densidade do osso,  quando o estímulo é adequadamente imposto, e respeita o ciclo de remodelamento.

            Se o estímulo é excessivo em intensidade ou frequência, há uma quebra nesse processo e o osso sofre uma fratura clínica.  Nesse caso o atleta vai sentir dor local que piora mediante o estímulo físico do gesto esportivo que motivou a lesão.

            Uma vez que o médico do esporte ou ortopedista suspeitam que a lesão possa ser uma fratura de estresse, é fundamental estabelecer o local anatômico, as características e extensão da fratura, e  isso é feito por meio de métodos de imagem.

            Embora a radiografia simples seja um método de fácil acesso para essa situação, nem sempre as fraturas por estresse são detectadas por meio desse método. O método mais sensível e específico utilizado na prática clínica  é a Ressonância Magnética.

            As fraturas por estresse são classificas em baixo risco e alto risco. As de baixo risco apresentam uma ótima evolução,  e são tratadas com retirada da carga excessiva e reabilitação fisioterápica. As fratura alto risco são aquelas que estão instáveis ou desalinhadas, e  que tem propensão para não consolidar e. Em alguns casos essas fraturas precisam ser tratadas com uma imobilização mais prolongada ou eventualmente até com cirurgia.

            Noventa por cento das fraturas por estresse se localizam em quadril e membros inferiores, em especial no tornozelo e pés. Os esportes que mais estão relacionados com esse padrão de lesão são os esportes que utilizam a corrida de longa distância e os deslocamentos com saltos e pulos de repetição.

 

Faz parte do tratamento avaliar se o atleta apresenta fatores de risco para uma nova fratura, como:

  • Revisar o gesto esportivo para ver se existe algum erro na técnica
  • Reprogramar o volume de treinamento esportivo com o treinador
  • Investigar alterações hormonais ou baixo aporte energético

Os itens acima são exemplo de um check list que deve ser revisto antes de liberar o atleta para retomar o seu treinamento.  As atletas que apresentam disfunção menstrual apresentam um risco adicional, pois estão expostas a uma baixa de estrógeno, um importante hormônio de manutenção da saúde óssea.

 

Em geral, o tempo total para a retomada às atividades normais após uma fratura de estresse é de 8-12 semanas, dependendo do esporte e da fratura em questão. Essa volta aos treinos deve ser feita de maneira gradual, com acréscimo monitorado de carga e sempre respeitando a ausência de dor como referencial para progressão.

Dra Fernanda Rodrigues Lima
Reumatologista e Médica do Esporte da Clínica Move

 

Lesões mais comuns no Ciclismo

Para entender a epidemiologia das lesões no ciclismo, é importante ressaltar alguns pontos. O ciclismo é um esporte que implica em alta velocidade (exigindo reflexos rápidos), presença de obstáculos e curvas desafiadoras. Somando-se a isso, o equipamento de proteção utilizado é bem restrito, apenas o  capacete. Portanto, temos uma combinação que favorece  lesões traumáticas. Na outra ponta, trata-se de um esporte aeróbio que se caracteriza por um gesto esportivo de repetição (pedalar) e de estabilização com uma total integração com um equipamento em cadeia fechada (bicicleta).

As lesões traumáticas são mais frequentes no atleta profissional, até porque o tempo na bicicleta e o risco a que ele se submete é maior. No entanto, nas lesões por overuse, como já é visto na maioria dos esportes, há uma inversão desse padrão, e o risco é muito maior nos atletas recreativos.

            Do ponto de vista anatômico, as lesões traumáticas afetam predominantemente a membros superiores e cabeça.  As mais comuns são as erosões por raspagem no asfalto, as contusões e o traumatismo crânioencefálico (TCE). Vale ressaltar que com a introdução do uso do capacete  houve uma redução significativa da gravidade, tempo de internação nas Unidades de Terapia Intensiva  e óbitos relacionados ao TCE.

            As lesões por overuse são  mais comuns em coluna lombosacra e membros inferiores.

Uma vez que  as lesões por overuse podem ser prevenidas,  é fundamental que o médico do esporte identifique os fatores de risco da lesão, e assim, diminua o risco do retorno da lesão. E quais são esses fatores? 

  • O histórico de lesões prévias
  • A idade do atleta
  • O aporte energético
  • E principalmente a integração da biomecânica do ciclista com o equipamento (que no meio é conhecido como bike fit).

Talvez o fator mais marcante em lesões por overuse seja a má administração do volume de treino ou o chamado erro de treinamento. O que é isso? Trata-se do desequilíbrio  entre a carga aguda (aquela que aconteceu nos últimos 7 dias) com a carga cumulativa  (das últimas 4 – 8 semanas). Uma introdução abrupta de cargas agudas grandes pode gerar um desequilíbrio e deixar o atleta predisposto a lesões.

Em termos de localização anatômica, o joelho é o mais afetado por overuse em ciclista, sejam os recreativos ou olímpicos, principalmente na região anterior (patela), isso ocorre pelo  movimento de flexo-extensão constante imposto pelo ato de pedalar.

            A dor na coluna lombosacra pode acontecer em função do tempo prolongado na bicicleta, principalmente  em ciclistas que tenham uma disfunção  de controle motor da flexão e estabilização lombar.

            Nos  pontos específicos de contato com a bicicleta, há um risco maior também de lesão por overuse. Os 3 pontos são o guidão, o pedal  e o selim.  O posicionamento inadequado do punho no guidão pode gerar uma compressão no nervo ulnar, levando a sintomas de formigamento e dormência nos dedos. O mesmo padrão pode acometer nos nervos interdigitais dos pés, em sofrimento por  uma sapatilha apertada ou taco mal posicionado.   Por fim, o contato prolongado de um selim de tamanho inadequado ou mal angulado pode gerar sintomas de atrito na região da virilha, promovendo foliculites ou erosões, bem como, uma compressão do nervo pudendo, gerando um adormecimento da região perineal.

Embora seja um esporte que produza lesões traumáticas e por overuse, vale reafirmar que de longe, a sua prática adequada pode gerar mais benefícios a longo prazo do que riscos, como aumento da longevidade, diminuição de riscos de doenças crônicas como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares.

 

Dra. Fernanda Rodrigues Lima
Reumatologista e Médica do Esporte da Clínica Move

Posso correr durante a gravidez?

A gestação é um período importante para a mulher, que de filha passa a ser mãe. Ocorrem adaptações físicas, psicológicas e sociais que acompanham o desenvolvimento fetal. E correr durante a gravidez será uma boa ideia?

Posso correr durante a gravidez?

Se você já corria previamente a gestação e não há complicações gestacionais, sim! Você pode e deve correr durante a gravidez.

Quais adaptações ocorrem na gestante?

O corpo todo se transforma.

Os ligamentos e os músculos tornam-se mais frouxos, permitindo maior flexibilidade no momento do parto, mas essa modificação do tecido conjuntivo pode contribuir para lesões durante a corrida. Há maior risco de entorses do joelho e tornozelo, por exemplo.

O crescimento do útero, da mama e a hiperlordose lombar contribuem para alteração da biomecânica da corrida. Há maior risco de queda. Aumenta a retenção de líquido, o ganho de peso e há maior deposição de gorduras. Pode haver dificuldade para correr em maior velocidade.

O coração acelera-se, aumenta o volume de sangue bombeado e a rápida parada do exercício poderia levar a redução da pressão arterial e até desmaios.

Posso competir?

Embora possa correr durante a gravidez, esse período não é um momento de desempenho, portanto competição apenas na forma participativa, sob orientação e sob autorização do médico do esporte.

Como deve ser meu treino?

O treino deve respeitar o limite físico, psicológico e o condicionamento da corredora.

Recomenda-se que o treino aeróbico como corrida, seja em torno de 150 minutos divididos ao longo da semana, em intensidade moderada, ou seja, que a corredora consiga falar durante o treino.

Importante o aquecimento de 10 minutos antes da corrida e após, resfriar, diminuindo a velocidade progressivamente.

O treino de força deve incluir membros superiores, inferiores, períneo e lombar.

O treino de propriocepção e de equilíbrio deve ser realizado para evitar quedas e traumas abdominais.

O que devo evitar?

Evitar ambiente quente até sexta semana gestacional, por maior risco de má formação no feto.

Evitar também desidratação, por maior risco de contrações uterinas e evitar ainda exercícios de barriga para cima, por maior risco de queda de pressão.

Por que devo me exercitar na gestação?

O exercício físico deve ser prescrito pelo médico. Há benefícios para a mãe e para o filho. Ajuda no controle de peso da mãe e do filho, no retorno ao esporte pós-parto, na diminuição do risco de diabetes e hipertensão gestacional, e na prevenção da depressão. Diminui: o risco de dor pós-parto, a chance de ter parto prematuro, de precisar de cesariana e de desenvolver incontinência urinária no futuro.

Exercitar-se na gestação é um ato de amor a seu filho!

 

Dra. Natália Guardieiro
Médica do Esporte da Clínica Move

 

Texto original: http://runnersworld.com.br/posso-correr-durante-a-gravidez/ 

Esteroides Anabolizantes podem causar danos Cerebrais

Apesar de serem proibidos, os Esteróides Androgênicos Anabolizandes são utilizados tanto pelos atletas recreativos como os competitivos, e sempre com o objetivo de melhorar a performance.

Vários são os estudos que mostram a associação do uso dessas substâncias com efeitos adversos como: hipertensão arterial, aumento do colesterol, arritmias cardíacas, aumento do tamanho do coração, trombose, disfunção sexual, diminuição da produção de espermatozóides, alteração das funções hepática e renal, virilização irreversível nas mulheres,  e fechamento precoce da cartilagem de crescimento quando usado na adolescência, entre outros.

Já era sabido o risco na mudança de comportamento como agressividade, mania e em alguns casos até depressão. Adicionalmente, atualmente alguns autores mostraram associação com a diminuição do córtex cerebral em atletas que utilizaram por tempo mais prolongado.

Fazemos um alerta que além de serem substâncias proibidas, consideradas “doping”, os riscos para a saúde são graves e muitas vezes irreversíveis.  E por isso, não há nenhuma justificativa para os Atletas Competitivos ou Recreativos lançarem mão desse método para melhorarem a sua performance.

 

Dra. Ana Lucia de Sá Pinto
Pediatra e Médica do Exercício e Esporte da Clínica Move

 

Aprendendo um pouco sobre o Câncer de Tireoide

O Câncer de Tireoide é, na maioria das vezes, indolente, apresentando boa evolução e resposta satisfatória ao tratamento na maioria dos casos.  É três vezes mais frequente nas mulheres, sendo o quinto tipo de câncer mais comum nas mulheres e o décimo sétimo mais prevalente nos homens.

Dentre seus fatores de risco destacam-se o histórico familiar de câncer de tireoide e a exposição à radiação. O diagnóstico é suspeitado através do exame físico clínico seguido, quando necessário, de ultrassonografia.

Não existe recomendação para realização de ultrassonografia de rotina para o rastreio da doença em todas as pessoas. Quando identificado um nódulo na tireoide, a depender das características clínicas e da ultrassonografia, é necessária a realização de punção por meio de uma agulha fina, aplicada diretamente no nódulo. O procedimento é simples e pouco doloroso e deve, preferencialmente, ser guiado por uma ultrassonografia.

O tratamento do câncer de tireoide é cirúrgico, para a retirada total ou parcial da glândula da tireoide, chamada de tireoidectomia. Em alguns casos específicos é preciso complementar o tratamento cirúrgico com iodo radioativo. Após o procedimento cirúrgico, é necessária a reposição do hormônio tireoidiano, objetivando manter o nível do TSH (hormônio estimulador da Tireoide) em níveis recomendados. Se você acha que tem um nódulo de tireoide, consulte um endocrinologista para diagnóstico e tratamento.

 

Dra. Mirela Miranda  
Endocrinologista da Clínica Move

10 atitudes saudáveis para perda e manutenção de peso!

 

  1. Exercício físico regular: a atividade física é um dos principais fatores que determina se a pessoa vai conseguir manter ou não o peso perdido. Com a perda de peso o corpo tende a diminuir seu gasto calórico basal como um mecanismo de defesa, dessa forma a prática de exercício físico se torna muito útil ao evitar que o organismo reduza o seu metabolismo basal. O aumento da taxa metabólica basal se mantém até 48 horas após uma atividade aeróbia de intensidade moderada. Ou seja, o aumento do gasto energético não ocorre apenas durante o momento em que o exercício está sendo feito, mas permanece mais elevado pelos próximos dois dias! Estudos mostram que, para prevenir o ganho de peso e favorecer a manutenção de peso, a realização de 150-200 minutos semanais de atividade física de intensidade moderada são suficientes (correspondendo a um gasto de 1000-2000 kcal/s pela atividade física). Já para promover a perda de peso, seriam necessários de 225-420 min/semana de exercício de intensidade moderada.
  2. Auto monitoramento da dieta: muitas pessoas subestimam o total de calorias ingeridas e não têm noção de quão calóricas são suas dietas até fazer um diário alimentar. Atualmente existem diversos aplicativos para celulares que auxiliam na avaliação da quantidade e da qualidade dos alimentos que estão sendo ingeridos diariamente, assim, podemos ter uma real percepção do total de calorias ingeridas. Outros pontos importantes são: ler os rótulos dos alimentos; observar ingredientes; a composição de macro e micronutrientes, e a quantidade calórica da porção que vai consumir.
  3. Auto monitoramento do peso: comprar uma balança e se pesar 1x semana, sempre nas mesmas condições (idealmente pela manhã, logo após acordar e esvaziar a bexiga). Anote o peso, dessa forma temos noção da evolução ponderal ao longo do tempo.
  4. Preparar refeições em casa: tentar ao máximo eliminar alimentos industrializados e fast foods, usar menos gordura na preparação dos alimentos, aumentar a ingesta de legumes e verduras.
  5. Beber água: manter-se hidratado reduz a sensação de fome, aumenta a saciedade, e mantém o metabolismo em bom funcionamento.
  6. Comer devagar e mastigar bem os alimentos: o ideal é mastigar o alimento de 20 a 30 vezes antes de degluti-lo, a fim de permitir a sinalização adequada ao sistema nervoso central que o alimento está sendo ingerido. Isso melhora a saciedade, permitindo que o paciente se contente com menor quantidade de alimentos em cada refeição.
  7. Tomar café da manhã diariamente: estudos comprovaram que quem toma café da manhã diariamente tem maior chance de manter o peso perdido do que quem não toma.
  8. Ter contato frequente e regular com seu médico e nutricionista, para sempre rever os progressos e reavaliar condutas e corrigir erros.
  9. Nunca se culpar: recaídas são normais e não significa falha do tratamento, mas sim um motivo a mais para voltar a se empenhar no tratamento.
  10. Procure um médico endocrinologista para ajuda-lo nessas atitudes.

 

Dra. Mirela Miranda

Endocrinologista da Clínica Move

É importante fazer Exercício Físico depois da Cirurgia Bariátrica!

Já sabemos que o número de pessoas com obesidade vem aumentando nos últimos anos. O tecido adiposo produz células que induzem a inflamação, e com isso aumenta o risco de doenças cardiovasculares.  Além disso, esses pacientes apresentam uma dificuldade em colocar o açúcar dentro das células, levando ao diabetes.

Hoje em dia, a cirurgia bariátrica é considerada um importante tratamento para os pacientes que não conseguem uma perda significativa do peso corporal com o tratamento medicamentoso e mudança no estilo de vida.

Após 12 meses da cirurgia bariátrica, os pacientes podem ter seu peso corporal reduzido em até 40%.  No entanto, a perda de peso não é apenas de tecido adiposo, ocorre também uma importante redução tanto da massa muscular, como da massa óssea.  Depois de alguns anos é comum o reganho de peso, fazer com os pacientes não voltem a ganhar peso é um grande desafio para os profissionais da área da saúde. A perda de massa muscular talvez possa contribuir para o ganho de peso desses pacientes, uma vez que o músculo é responsável por uma parcela significativa de gasto energético em repouso.

Em vista disso, a nossa equipe de pesquisadores do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, estudou o efeito dos exercícios físicos em grupo de mulheres após três meses da cirurgia bariátrica. Um grupo não realizou exercícios físicos, e o outro grupo participou de um programa de exercícios de força muscular e aeróbios, três vezes por semana por seis meses.

Após três meses da cirurgia, todas as pacientes apresentaram grandes melhoras em fatores de risco como a função dos vasos, inflamação e resistência à insulina. Entretanto, após o período do programa de treinamento, o grupo que não realizou exercícios apresentou importante redução desses benefícios, mesmo mantendo a perda de peso. Algumas pacientes chegaram a apresentar valores de exames similares aos do período anterior à cirurgia, por outro lado, as pacientes que estavam fazendo exercícios físicos mantiveram os exames nos valores normais.  

Dessa forma, esse estudo mostrou a importância do exercício físico – uma ferramenta não farmacológica – depois da cirurgia bariátrica, para prevenir a perda dos benefícios que se têm com a cirurgia.

Infelizmente alguns adolescentes -pelo elevado peso corporal- precisam ser submetidos à cirurgia bariátrica. Após os excelentes resultados conseguidos com a prescrição de exercícios físicos depois da cirurgia bariátrica em adultos, nós começaremos a estudar o efeito do exercício físico em adolescentes após a cirurgia bariátrica, e estamos certos que teremos muito sucesso nos resultados.

            Procure o seu médico para saber o momento exato para iniciar os exercícios físicos após a cirurgia bariátrica.

Dra. Ana Lucia de Sá Pinto

Pediatra e Médica do Exercício e Esporte da Clínica Move

Palestra Equilíbrio e Mobilidade

EQUILÍBRIO E MOBILIDADE

Palestra com o Professor Vinicius Ferreira
Data: 22 de Setembro
20 vagas

A Royal Cycle é a Primeira Escola Profissional de Ciclismo do País. Desde 2015 conta com professores ciclistas profissionais e educadores físicos.

O aumento da cultura da bicicleta nas ciclovias e ciclofaixas de São Paulo fez com que a busca do aprendizado para andar de bicicleta aumentasse. Foi assim que o Professor Vinicius Ferreira resolveu criar um método de ensino prático para ciclistas iniciantes e intermediários, a Royal Cycle.

No dia 22 de Setembro teremos na Clínica Move a palestra “Equilíbrio e Mobilidade” com o Professor Vinicius Ferreira e após a palestra faremos uma aula prática no Parque do Ibirapuera. Para participar basta preencher o formulário abaixo. 

Temos somente 20 vagas!

Inscrição: Preencha o formulário abaixo

Erro: Formulário de contato não encontrado.

 

 

 

 

 

A importância de se ter um médico de confiança para a sua longevidade

Um estudo publicado em maio deste ano mostra que a relação entre médicos e pacientes é muito mais importante do que se pensava. Apesar de estudos anteriores já  terem apontado benefícios em se manter o mesmo médico por tempo longo, nesta nova pesquisa os cientistas revisaram vários estudos e concluíram que o cuidado médico contínuo também pode salvar vidas.

A continuidade de cuidados é definido pelo contato repetido entre o paciente e o mesmo médico. Esse contato repetido dá aos pacientes e médicos a oportunidade de compreender melhor  as particularidades  e prioridades de cada um e está associado com o aumento da satisfação do paciente, melhora na aderência ao tratamento e diminuição na procura por serviços hospitalares. Além disso, os médicos se mantêm mais informados sobre a saúde do paciente e tomam mais medidas preventivas.

Esse tipo de abordagem mostrou  uma redução nas taxas de mortalidade quando o paciente é cuidado pelo mesmo profissional. Essa análise inclui artigos com cirurgiões e psiquiatras, mostrando que isso é um padrão humano de resposta que engloba toda a medicina – este achado se aplica a outras especialistas e médicos generalistas.

Atualmente se dá muita ênfase sobre os avanços tecnológicos tanto para o diagnóstico como tratamento de diversas doenças. É importante lembrar que esses avanços são extremamente importantes na medicina atual.  No entanto, muitas vezes a abordagem ao paciente é impessoal. Nesse sentido,  este artigo mostra que o lado humano da medicina ainda é muito importante e pode até mesmo ser considerado como uma questão de vida ou morte.

 

Dr. Marco Pontes Filho

Clínico Geral e Reumatologista da Clínica Move

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