Exercício físico em pacientes com Doença Gordurosa do Fígado

Nos estamos vivendo uma epidemia de obesidade tanto nos adultos como na crianças e adolescentes. Vários são os fatores envolvidos tanto ambientais como genéticos, mas a inatividade física e o erro alimentar são dois pontos de extrema importância.

Os pacientes com obesidade além do maior risco de doenças cardiovasculares, dislipidemias, intolerância a glicose e diabetes, hipertensão arterial, dores osteomioarticulares e osteoartrite, eles apresentam um risco de desenvolver a Doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é uma das formas mais comum de doença hepática, relacionada primordialmente ao aumento progressivo da obesidade no mundo.

A DHGNA abrange um espectro de alterações hepáticas que variam desde um simples depósito de gordura no interior do hepatócito, sem inflamação ou fibrose (esteatose simples), até casos de esteatohepatite não alcoólica (EHNA), cirrose e, carcinoma hepatocelular em pacientes sem história de ingestão de álcool. Sabe-se ainda que cerca de 30% da população dos EUA e do Japão possui esteatose.

A realização de um plano alimentar para a redução de peso, associado a exercícios físicos individualizados e supervisionados são considerados terapias de primeira escolha para o tratamento desses pacientes, e alguns estudos mostraram além da diminuição do peso, melhora da intolerância a glicose, dislipidemia e hipertensão arterial, uma melhora da esteatose hepática.

Dra Ana Lucia de Sá Pinto

Coordenadora do Ambulatório de Medicina do Esporte do Hospital Das Clinicas- FMUSP

Diretora da Clínica Move

 

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