Hoje em dia muitas crianças e adolescentes praticam modalidades esportivas de 3 a 4 horas por dia e até 6 vezes por semana. Sistematicamente notamos que exercícios de fortalecimento muscular, de flexibilidade, treino neuro-motor e propriocepção não fazem parte do treinamento da modalidade esportiva. A falta desses treinamentos específicos associados a outros fatores de risco como dieta e equipamentos inadequados; alterações biomecânicas (alterações posturais, escoliose, hiperlordose) fazem com que o risco de lesões nos músculos, ossos e articulações nessa população seja aumentado.
É importante levar em consideração as queixas de dores de maneira geral ou que se tornam persistentes, pois podem sugerir indícios de lesões mais sérias e, portanto devem ser investigadas.
Tais lesões precisam ter um diagnóstico preciso com orientações adequadas com relação: à mudança ou mesmo retirada dos treinamentos esportivos, orientação dos equipamentos e nutrição adequada de acordo com cada faixa etária e quantidade de exercícios, e ainda prescrição correta de fisioterapia para a recuperação completa da lesão. Nesses casos, a melhor conduta é fazer uma reunião com familiares, médicos, fisioterapeutas, nutricionistas e técnicos para discutirem qual é a melhor conduta para cada criança.
Dra. Ana Lucia de Sá Pinto
Pediatra e Médica do Exercício e Esporte
Clínica Move