O que dizem as novas recomendações de atividade física da OMS?

Tiago Peçanha – Profissional de Educação Física. Pesquisador e Pós-doutorando do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da USP. Pós-doutorando no Research Institute for Sport and Exercise Sciences da Liverpool John Moores University, UK.

Contato: pecanhatiago@gmail.com
Twitter:
https://twitter.com/tiagopecanha

No último mês, a Organização Mundial da Saúde lançou a nova versão das suas Recomendações de Atividade Física e Comportamento Sedentário. Em linhas gerais, o novo documento reforça a importância da prática de atividade física de intensidade moderada à vigorosa, mas também adiciona a importância de limitar o período despendido em comportamento sedentário e substituir estes períodos por atividade física de qualquer intensidade.

Para crianças e adolescentes, o documento recomenda a realização de 60 min por dia de atividade física de intensidade moderada à vigorosa, todos os dias da semana. Em pelo menos 3 dias, atividades aeróbias e de fortalecimento muscular e ósseo, de intensidade vigorosa, devem ser incorporadas.  Por fim, recomenda-se a redução do comportamento sedentário, em particular do tempo de tela recreacional (smartphone, tablet, TV, etc).

Para adultos saudáveis, o documento recomenda a realização de 150 a 300 min por semana de atividade física aeróbia de intensidade moderada à vigorosa.  Além disso, recomenda-se a realização de atividades de fortalecimento, envolvendo os maiores grupamentos musculares, 2 vezes por semana. Por fim, adultos também devem limitar o tempo em atividades sedentárias e substituir por atividades físicas de qualquer intensidade (incluindo atividades de baixa intensidade).

As recomendações para idosos é semelhante à de adultos, com a adição da recomendação de exercícios funcionais e de equilíbrios, que devem ser realizados 3 vezes na semana.

Uma novidade das novas recomendações da OMS é a inclusão de recomendações específicas para gestantes e populações com doenças crônicas. Estes grupos devem realizar pelo menos 150 min de atividade física de intensidade moderada à vigorosa. O documento ressalta algumas precauções que devem ser tomadas para garantir a segurança da atividade física para estas populações.

Por fim, o documento ainda lista algumas mensagens chave, tais como:

  • qualquer quantidade de atividade física é melhor do que não fazer atividade física;
  • todo o tipo de atividade física conta;
  • fortalecimento muscular beneficia a todos;
  • muito tempo em comportamento sedentário pode ser prejudicial à saúde;
  • todo mundo pode se beneficiar do aumento da atividade física e redução do comportamento sedentário. Tiago Peçanha – Profissional de Educação Física. Pesquisador e Pós-doutorando do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da USP. Pós-doutorando no Research Institute for Sport and Exercise Sciences da Liverpool John Moores University, UK. Contato: pecanhatiago@gmail.com      Twitter: https://twitter.com/tiagopecanha

No último mês, a Organização Mundial da Saúde lançou a nova versão das suas Recomendações de Atividade Física e Comportamento Sedentário. Em linhas gerais, o novo documento reforça a importância da prática de atividade física de intensidade moderada à vigorosa, mas também adiciona a importância de limitar o período despendido em comportamento sedentário e substituir estes períodos por atividade física de qualquer intensidade.

Para crianças e adolescentes, o documento recomenda a realização de 60 min por dia de atividade física de intensidade moderada à vigorosa, todos os dias da semana. Em pelo menos 3 dias, atividades aeróbias e de fortalecimento muscular e ósseo, de intensidade vigorosa, devem ser incorporadas.  Por fim, recomenda-se a redução do comportamento sedentário, em particular do tempo de tela recreacional (smartphone, tablet, TV, etc).

Para adultos saudáveis, o documento recomenda a realização de 150 a 300 min por semana de atividade física aeróbia de intensidade moderada à vigorosa.  Além disso, recomenda-se a realização de atividades de fortalecimento, envolvendo os maiores grupamentos musculares, 2 vezes por semana. Por fim, adultos também devem limitar o tempo em atividades sedentárias e substituir por atividades físicas de qualquer intensidade (incluindo atividades de baixa intensidade).

As recomendações para idosos é semelhante à de adultos, com a adição da recomendação de exercícios funcionais e de equilíbrios, que devem ser realizados 3 vezes na semana.

Uma novidade das novas recomendações da OMS é a inclusão de recomendações específicas para gestantes e populações com doenças crônicas. Estes grupos devem realizar pelo menos 150 min de atividade física de intensidade moderada à vigorosa. O documento ressalta algumas precauções que devem ser tomadas para garantir a segurança da atividade física para estas populações.

Por fim, o documento ainda lista algumas mensagens chave, tais como:

  • qualquer quantidade de atividade física é melhor do que não fazer atividade física;
  • todo o tipo de atividade física conta;
  • fortalecimento muscular beneficia a todos;
  • muito tempo em comportamento sedentário pode ser prejudicial à saúde;
  • todo mundo pode se beneficiar do aumento da atividade física e redução do comportamento sedentário.

Recomendações Canadenses de Movimento para as 24 Horas

Tiago Peçanha – Profissional de Educação Física. Pesquisador e Pós-doutorando do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da USP. Pós-doutorando no Research Institute for Sport and Exercise Sciences da Liverpool John Moores University, UK.

Contato: pecanhatiago@gmail.com      Twitter: https://twitter.com/tiagopecanha

Recentemente, o governo canadense publicou novas Recomendações de Movimento para as 24 horas. Este documento oferece uma direção clara sobre como esses comportamentos devem se integrar ao longo das 24 horas.

De acordo com estas recomendações, 24 horas saudáveis incluem:

  • Realizar vários tipos de atividades físicas, de diversas intensidades, incluindo: (1) atividades físicas de intensidade moderada a vigorosa que levem a um acúmulo de pelo menos 150 minutos por semana; (2) atividades de fortalecimento muscular, utilizando os maiores grupos musculares, e que sejam realizadas pelo menos 2 vezes por semana; (3) diversas horas de atividades físicas leves, incluindo ficar de pé;
  • Limitar o tempo sedentário por 8 horas ou menos, incluindo: (1) não ultrapassar 3 horas de tempo de tela recreacional; (2) interromper longos períodos na posição sentada frequentemente ao longo do dia.
  • Ter de 7 a 9 horas de sono de boa qualidade regularmente, mantendo a consistência no horário de ir para a cama e de acordar.

 

É possível perceber que o novo documento está de acordo com estudos recentes que demonstram que todos os tipos de movimento importam e que um equilíbrio entre os vários hábitos de saúde é o mais importante para a promoção da saúde. Substituir tempo sedendário com atividade física leve, e substituir a atividade física leve por atividade mais intensa, e mantendo um sono de boa qualidade, pode promover excelentes benefícios de saúde. Adultos que seguem estas recomendações tem menor risco de mortalidade, doença cardiovascular, diabetes do tipo 2, ganho de peso e diversos tipos de câncer. Estas recomendações também estão ligadas a um menor risco de ansiedade, depressão, demencia, e melhora da cognição e qualidade de vida.

Utilização de máscara cirúrgica não afeta o desempenho durante o exercício físico

 

Tiago Peçanha – Profissional de Educação Física. Pesquisador e Pós-doutorando do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da USP. Pós-doutorando no Research Institute for Sport and Exercise Sciences da Liverpool John Moores University, UK.

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A utilização de máscara facial é recomendada para a prevenção da transmissão de infecções respiratórias, tais como a do novo Coronavírus (COVID-19). No entanto, existem controvérsias a respeito de um potencial efeito destas máscaras sobre o desempenho físico, sobretudo em exercícios mais intensos.

Recentemente, um estudo canadense investigou se a utilização de máscara cirúrgica ou de pano reduz o desempenho físico durante um teste progressivo máximo em cicloergômetro. Participaram desse estudo 14 adultos (homens e mulheres), fisicamente ativos e saudáveis.

Estes indivíduos realizaram um teste progressivo em cicloergômetro até a exaustão, em três dias distintos.  Em um dos dias, os indivíduos realizavam o teste sem máscara, enquanto nos outros dois dias, eles realizaram os testes com máscara cirúrgica ou de pano. Foram avaliados o desempenho máximo atingido nos testes (i.e., carga máxima atingida e tempo até a exaustão), a saturação de oxigênio arterial, saturação de oxigênio tecidual e a frequência cardíaca. O principal achado deste estudo foi que a utilização de máscaras faciais não afetou o desempenho dos voluntários durante o exercício. Além disso, não houve diferenças relevantes na saturação de oxigênio arterial ou tecidual, indicando que a utilização destas máscaras não causa hipóxia geral ou tecidual, sendo, portanto, segura.

Estes achados estão de acordo com estudos prévios que também identificaram que máscaras cirúrgicas não afetam ou afetam muito pouco o desempenho durante o exercício físico. No entanto, não pode se dizer o mesmo sobre as máscaras N95. Um estudo alemão verificou que este tipo de máscara reduz o desempenho e o consumo máximo de oxigênio durante o exercício em cicloergômetro. Este estudo também relatou um aumento de sensações desconfortáveis durante o exercício, tais como aumento do calor e da umidade no rosto, fadiga e dificuldade de respirar, com o uso da máscara N95.

Estas informações podem ser úteis na criação de medidas de prevenção do COVID-19 em estabelecimentos de exercício físico (academias, clínicas, estúdios de personal training). É importante destacar que a prioridade deve ser a prevenção da transmissão do vírus. Pessoas que praticam exercício de maneira recreativa devem sempre utilizar as máscaras, uma vez que pequenas reduções do desempenho possuem significado pequeno frente ao risco imposto pelo vírus.

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