Risco de Lesões em Crianças em Treinamento Esportivo

Hoje em dia muitas crianças e adolescentes praticam modalidades esportivas de 3 a 4 horas por dia e até 6 vezes por semana. Sistematicamente notamos que exercícios de fortalecimento muscular, de flexibilidade, treino neuro-motor e propriocepção não fazem parte do treinamento da modalidade esportiva. A falta desses treinamentos específicos associados a outros fatores de risco como dieta e equipamentos inadequados; alterações biomecânicas (alterações posturais, escoliose, hiperlordose) fazem com que o risco de lesões nos músculos, ossos e articulações nessa população seja aumentado.

É importante levar em consideração as queixas de dores de maneira geral ou que se tornam persistentes, pois podem sugerir indícios de lesões mais sérias e, portanto devem ser investigadas.

Tais lesões precisam ter um diagnóstico preciso com orientações adequadas com relação: à mudança ou mesmo retirada dos treinamentos esportivos, orientação dos equipamentos e nutrição adequada de acordo com cada faixa etária e quantidade de exercícios, e ainda prescrição correta de fisioterapia para a recuperação completa da lesão. Nesses casos, a melhor conduta é fazer uma reunião com familiares, médicos, fisioterapeutas, nutricionistas e técnicos para discutirem qual é a melhor conduta para cada criança.

Dra. Ana Lucia de Sá Pinto
Pediatra e Médica do Exercício e Esporte
Clínica Move

Workshops: Invista em Conhecimento

Aspectos Neurológicos Aplicados à Prática Ortopédica

Curso teórico-prático que abordará de forma funcional como o entendimento e aplicabilidade dos conceitos neurológicos influenciam de forma benéfica o tratamento dos pacientes com queixas musculoesqueléticas. O curso tem como foco mostrar como os aspectos de controle motor, deixados de lado no manejo de pacientes ortopédicos, possuem fundamental importância para a melhora destes pacientes.

Público – alvo: Fisioterapeutas, pós-graduandos e graduandos
Mínimo: 10 pessoas
Máximo: 20 pessoas

Programação

14/04 – Sábado

7h30 –  8h – Recepção
8h00 – 8h15 – Introdução
8h15 –  10h15 – Controle Motor Aplicado à ortopedia
10h15 – 10h30 – Pausa
10h30 – 12h30 – Controle Motor Aplicado à ortopedia
12h30 – 14h – Almoço
14h00 – 16h – Integração Sensorial e sua implicação terapêutica / aspectos do sistema somatos sensorial e a prática clínica
16h00 – 16h15 – Pausa
16h15 – 18h – Integração Sensorial e sua implicação terapêutica / aspectos do sistema vestibular e a prática clínica

15/04 – Domingo

8h00 10h – Abordagem neurológica na prática ortopédica: exercícios e conceitos
10h00 – 10h15 – Pausa
10h15 – 12h– Abordagem neurológica na prática ortopédica: exercícios e conceitos

Valor:
Público externo: R$400,00
Estudante (graduando/ pós-graduando) e colaboradores MOVE: R$320,00

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Inscrição:
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Biomecânica Funcional Aplicada a Prática Clínica

Curso teórico-prático que abordará o conceito de funcionalidade e ajudará, através do melhor entendimento sobre os princípios biomecânicos e de controle motor, a construção do raciocínio clínico para a abordagem terapêutica na reabilitação de pacientes ortopédicos.

Público – alvo: Fisioterapeutas, pós-graduandos e graduandos. Educadores físicos que trabalhem com reabilitação.
Mínimo: 10 pessoas
Máximo: 20 pessoas

Programação

02/06 – Sábado

8h30 –  9h – Recepção
9h00 – 9h15 – Introdução
9h15 –  10h15 – Exercício Funcional: definindo os conceitos
10h15 – 12h00 – Exercício Funcional x Fortalecimento: o que a literatura nos mostra
12h00 – 13h30 – Almoço
13h30 – 15h30 – Biomecânica Funcional: entendendo a causa central
15h30 – 15h45 – Pausa
15h45 – 18h – Construindo a linha de raciocínio para criação de exercícios funcionais

03/06 – Domingo

8h00  10h – Prática Clínica: tronco
10h00 – 10h15 – Pausa
10h15 – 12h– Prática Clínica: MMSS
12h00 – 13h30– Almoço
13h30 – 15h30- 
Prática Clínica: MMII

Valor:

Público externo: R$400,00
Estudante (graduando/ pós-graduando) e colaboradores MOVE: R$320,00

Ministrante: Juliana Thomé Gasparin

Fisioterapeuta graduada pelo Centro Universitário São Camilo, especialista em Reeducação Funcional da Postura e Movimento pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e mestranda pelo Programa de Neurociências e Comportamento do Instituto de Psicologia da USP. Atuou como supervisora responsável pelos ambulatórios de Neurologia, Reumatologia, Esporte, Urofuncional e Gastroenterologia dos cursos de especialização em fisioterapia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, sendo responsável pelas atividades acadêmcas vinculadas aos seus ambulatórios e aos cursos de Reeducação Funcional da Postura e Movimento, Gerontologia e Saúde da Mulher. Também atuou como supervisora da Liga de Reeducação Funcional da Postura e Movimento do HCFMUSP. Atualmente trabalha com avaliação biomecânica funcional e atendimento clínico de pacientes com queixas musculoesqueléticas.

*Valor promocional para os dois workshops:

Público externo: R$600,00
Estudante (graduando/ pós-graduando) e colaboradores MOVE: R$500,00

Faça aqui o download das informações completas do Curso


Inscrição: 
Preencha o formulário abaixo

    Para que a inscrição seja efetuada é necessário preencher este formulário e enviar o comprovate do depóstio bancário para o e-mail: leo.maio@move.med.br. Caso seja estudante, anexar junto ao e-mail o comprovante:

    DADOS PARA O DEPÓSITO
    Apgar Serviços Médicos
    CPNJ: 01.804.612/0001-08
    Itaú | Agência: 0183 | Conta Corrente: 80461-6

    Nome Completo (obrigatório)

    CPF (Obrigatório)

    E-mail (obrigatório)

    Celular

    Incrição Para:

    Aspectos Neurológicos Aplicados à Prática OrtopédicaBiomecânica Funcional Aplicada a Prática ClínicaAmbos

    Nível de Estudo:

    Estudante (graduação) FisioterapiaEstudante (pós-graduação) FisioterapiaFisioterapeutaEducador FísicoEstudante (graduação) Educação FísicaEstudante (pós- graduação) Educação Física

    Descreva brevemente qual sua área de atuação e quais pacientes/caso costuma atender (idoso, adulto, atleta ...)

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    Reeducação Postural Global (RPG)

    A Reeducação Postural Global (RPG) pode corrigir ou reduzir  desvios posturais, que em alguns casos geram muita dor e prejudicam o dia-a-dia do indivíduo.

    A coluna vertebral divide-se em 4 regiões: cervical, composta de 7 vértebras; torácica, composta de 12 vértebras; lombar, composta de 5 vértebras e uma peça final chamada sacro-coccígea, .

    Além disso, a coluna vertebral apresenta curvaturas fisiológicas (curvaturas consideradas normais) mas, por causa de maus hábitos posturais essas mesmas curvas podem sofrer desvios causadores de dores nas costas.

    Posturas incorretas da coluna vertebral no trabalho, nas atividades de vida diária ou durante a prática de atividade física que acabam sobrecarregando outras regiões do corpo como ombros, braços, quadris, joelhos e pés. Isso ocorre porque o corpo, diante de um desequilíbrio postural, busca compensações para manter o indivíduo em equilíbrio o que gera contraturas musculares e diminuição de flexibilidade, e consequentemente dor.

    A RPG é uma técnica que oferece ótimos resultados para tratar dores tanto na região lombar, quanto na região cervical. A principal característica dessa técnica é oferecer ao paciente uma maior consciência corporal e  manter uma postura alinhada durante as suas atividades do dia-a-dia, além de ganhar alongamento e tonicidade em seus músculos.

    Fisioterapeuta Daniela Mayumi
    Clinica Move

    A obesidade e seus riscos para saúde

    A obesidade vem se tornando um problema de saúde púbica mundial. No Brasil, uma em cada cinco pessoas está acima do peso e a prevalência de obesidade passou de 11,8%, em 2006, para 18,9%, em 2016. O crescimento da obesidade veio acompanhado do aumento da prevalência de diabetes (5,5%, em 2006, para 8,9%, em 2016) e hipertensão (de 22,5% para 25,7%).

    O ganho de peso está relacionado a um desequilíbrio entre o consumo e gasto de calorias, levando a um acúmulo enérgico, principalmente na forma de gordura. Além dos conhecidos fatores ambientais como hábito alimentar e sedentarismo, os fatores genéticos relacionados à maior predisposição a lipogênese (acúmulo de gordura) e a menor lipólise (quebra de gordura) também têm grande influência. Sendo assim, a obesidade deve ser encarada como uma doença crônica, a qual requer um acompanhamento contínuo a longo prazo.

     A obesidade é uma doença que aumenta o risco de desenvolvimento de dezenas de outras doenças crônicas, que causam prejuízo à qualidade de vida dos pacientes, além de serem potencialmente fatais. As doenças correlacionadas mais conhecidas são diabetes mellitus, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares. Além dessas, o excesso de peso pode levar doenças do sistema respiratório, do sistema digestório e osteomusculares, sendo, também, fator de risco para o desenvolvimento para alguns tipos de cânceres como de mama, endométrio, próstata e cólon.

    Com o crescimento da epidemia de obesidade, têm surgido diversas propostas de tratamentos para perda de peso; infelizmente, nem todas têm sua eficácia cientificamente comprovada e algumas podem inclusive trazer riscos à saúde dos pacientes. Tem se tornado evidente que medidas drásticas de perda de peso e abordagens estreitas para o tratamento da obesidade raramente são eficazes e que uma estratégia mais ampla e multidisciplinar baseada em pequenas mudanças de estilo de vida é mais viável para os pacientes, produzindo resultados mais consistentes.

    Baseados nas mais atuais evidências científicas, nós da clínica MOVE acreditamos que os cuidados multidisciplinares voltados para abordagens práticas para a mudança de estilo de vida em pequenos passos  podem ser um meio eficaz de tratamento para muitos pacientes que necessitam perder de peso. Por isso, oferecemos acompanhamento com um time de especialistas compostos por endocrinologistas, nutricionistas, educadores físicos e terapeuta comportamental, trazendo um conjunto único de habilidades para atender às necessidades do paciente.                Os médicos abordam problemas médicos que podem afetar a perda de peso e outras doenças associadas (diabetes, hipertensão…) além de ajudarem os pacientes a estabelecer suas metas, enquanto os nutricionistas ajudam os pacientes a aprenderem gradualmente a comer menos e a incorporar alimentos saudáveis ​​em suas dietas. Os educadores físicos ensinam formas práticas de inserir, de forma adequada, a atividade física no dia a dia e os terapeutas comportamentais ajudam os pacientes a se prepararem mentalmente para o processo de mudança de estilo de vida e abordam as barreiras à mudança.

    Com a atuação de todos os membros da equipe multidisciplinar aliados ao compromisso contínuo dos pacientes, traçamos objetivos práticos e, a pequenos passos, podemos chegar a grandes resultados no alcance da perda de peso saudável e duradoura.           

    Dra. Mirela Miranda
    Endocrinologista da Clínica Move

    Volta às aulas – O que levar de lanche?

    A volta às aulas sempre traz a necessidade de planejar o que mandar na lancheira dos filhos. A vida agitada de hoje requer alimentos práticos; porém, nem sempre o mais prático é o mais saudável.

    Muitos produtos comuns nos lanches dos pequenos na verdade são considerados alimentos ultraprocessados, ou seja, alimentos que lembram muito pouco o alimento de origem e que contém altas quantidades de açúcar, sal, conservantes, etc. Um bom exemplo disso é o suco de frutas “de caixinha”, ou as famosas bolachas recheadas, todos ricos em açúcar e calorias. Então, como escolher melhor esses itens sem deixar de lado a praticidade? Aqui vão alguns exemplos:

    No final de semana, reserve um tempo com seus filhos e faça com eles uma receita de cookies caseiros, que podem até ser feitos com farinha de trigo integral ou mistura de farinhas (amêndoa, coco, linhaça) para os que não toleram glúten. Geralmente, as crianças apreciam muito esse tempo com os pais e se divertem cozinhando seus próprios lanches. O mesmo vale para um bolo simples, que pode ser adicionado de fibras, de pedaços de chocolate amargo, aveia, nibs de coco etc. É possível achar muitas receitas interessantes na internet ou em livros de culinária. Essas preparações costumam durar alguns dias fora da geladeira e certamente serão melhores que qualquer produto industrializado similar.

    Uma outra dica para as bebidas é preparar suco natural de frutas (laranja, melão, morango) e levar em garrafinhas apropriadas.  Na falta de frutas, usar os sucos de fruta concentrados sem açúcar  (atenção: evite o néctar ou refresco, cheios de açúcar) ou polpas congeladas pode ser uma opção, com a vantagem de se controlar o tipo e a quantidade de açúcar utilizado. Açúcar demerara, orgânico, ou adoçantes naturais podem ser usados, a depender do caso.

    Há também nas lojas de produtos naturais e empórios uma linha de snacks saudáveis como chips de couve, de beterraba, de batata doce, que são feitos com menos sal e com vegetais liofilizados ou assados, o que mantém a crocância e conferem um valor nutricional superior.

    Por fim, frutas desidratadas e castanhas, nozes, sementes, podem ser interessantes em forma de mix. Outra opção seria enviar alguns queijos, ovo cozido, barras de proteínas ou de cereais caseiras.  Sobre esses dois últimos, é possível encontrar nessas lojas algumas marcas com poucos ingredientes, entretanto o preço ainda é alto. Vale a pena preparar essas receitas em casa. Enfim, com um pouco de criatividade e tempo, podemos melhorar a qualidade dos lanches das crianças e contribuir para a qualidade alimentar e a saúde dos nossos filhos.

    Profa. Dra. Patrícia Campos-Ferraz
    Nutricionista da Clínica MOVE

    A seguir uma receita para fazer com seus filhos

    Brownie

    • 200g purê de maçã
    • 250g cacau em pó
    • 3 ovos
    • ½  xic de açúcar demerara, mascavo ou orgânico (se necessário)
    • 1,5 xicara de farinha de trigo (aqui podemos colocar metade farinha branca e metade integral ou uma mistura em partes iguais de farinha de amêndoa + farinha de coco + farinha de linhaça)
    • 1 colher de sobremesa de fermento em pó

    Aquecer o forno a 180 graus.  Untar e enfarinhar uma forma retangular. Bater os ovos com açúcar até formar um creme.  Misturar à parte o cacau e o purê de maçã, depois juntá-los à mistura de açúcar e ovos.  Juntar a farinha e o fermento  à massa e misturar delicadamente, apenas para incorporar a farinha. Despejar a massa na forma untada e levar ao forno por 15 a 20 minutos.

    Retirar, deixar esfriar, cortar em pedaços pequenos e montar os lanches.

    Preciso passar em consulta com o Fisiologista do Exercício?

    A Fisiologia do Exercício pode ser definida como uma área do conhecimento científico que estuda como o organismo se adapta fisiologicamente ao estresse agudo do exercício físico e ao estresse crônico do treinamento físico.
    Antes de pensar em como montar um programa de treinamento físico para seu aluno, ou buscar as particularidades entre realizar diferentes tipos de treinamento tanto de predominância aeróbia como anaeróbia, precisamos compreender o funcionamento do organismo como um todo.
    Neste contexto, a realização da ergoespirometria torna-se uma ferramenta imprescindível para estabelecer os domínios metabólicos adequados para uma maior eficácia do treinamento físico aeróbio. Por exemplo, para indivíduos que objetivam perder peso a ergoespirometria mensura a chamada máxima taxa de oxidação de gordura durante o exercício físico, dessa forma potencializa os efeitos do treinamento físico aeróbio na perda ponderal.
    Não é possível planejar um treinamento físico visando um objetivo, se não entendermos as respostas fisiológicas e metabólicas do organismo. Por isso, é importante passar em consulta com o fisiologista, ele vai analisar os parâmetros fisiológicos obtidos pela ergoespirometria de forma a estabelecer o planejamento de um programa de treinamento físico com base nas características e necessidades fisiológicas de indivíduos com diferentes níveis de aptidão física.

    Prof. Dr. Danilo Marcelo do Prado
    Fisiologista da Clínica Move

    Febre Amarela

    Que doença é esta?

    A Febre Amarela é uma doença infecciosa febril aguda transmitida por mosquitos e causada por um vírus do gênero Flavivirus, não é uma doença contagiosa e não se transmite diretamente de uma pessoa para outra.

    Existem dois tipos de Febre Amarela, a silvestre e a urbana, a diferença entre elas é que a silvestre é disseminada pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes, que circulam em matas, ou seja eles picam macacos nas regiões de mata, se infectam e transmitem a doença através da picada para pessoas que se encontram nestes locais. Já a urbana é transmitida pelo Aedes aegypti que se infecta picando uma pessoa contaminada e transmite através da picada para outra. Ou seja, nas duas formas da doença a única forma de transmissão é pela picada de um mosquito infectado.

    E os macacos?

    Os macacos não transmitem a doença, são apenas hospedeiros, e ajudam a detectar novas epidemias, na medida em que ficam doentes e “avisam” da possibilidade de surto naquele local.

    Desde quando temos essa doença no Brasil?

    A Febre Amarela foi responsável por um grande número de mortes entre o século XVIII e o inicio do século XX, com repetidas epidemias nas regiões tropicais da América do Sul e África, assim como surtos isolados em áreas da América do Norte, Caribe, e Europa.

    No inicio do século XX o médico sanitarista Oswaldo Cruz conseguiu fazer com que a doença praticamente desaparecesse no Rio de Janeiro com suas ações de controle do vetor Aedes aegypti. A introdução da vacina contra a Febre Amarela no Brasil em 1937, com imunização em massa e o intenso combate ao vetor levaram a eliminação da doença nas áreas urbanas do País. O registro dos últimos casos de Febre Amarela urbana no Brasil é de 1942, no Acre, e a partir desta data só foram registrados casos isolados e epidemias com transmissão silvestre.

    O que favorece o aparecimento da Febre Amarela?

    A maior parte dos casos ocorre entre dezembro e maio, quando o vírus encontra condições mais favoráveis para sua transmissão, com elevadas temperaturas, aumento de chuvas e alta densidade de vetores. Hospedeiros e indivíduos susceptíveis somados a baixa cobertura vacinal também facilitam o aparecimentos das epidemias.

    E o que está acontecendo agora?

    Nos dias de hoje a Febre Amarela silvestre é endêmica na região Amazônica, ou seja limitada e esperada neste local, enquanto que na região extra amazônica são registrados epidemias ocasionais, quando existe um aumento importante do número de casos em um local inesperado. No ano de 2016 e 2017 tivemos uma grande epidemia em Minas Gerais e a partir do final de 2017 um surto epidêmico na região Metropolitana de São Paulo, nos municípios ao norte da cidade de São Paulo e nos distritos da zona norte de São Paulo.

    Durante um surto de Febre Amarela silvestre os maiores objetivos são oferecer assistência hospitalar aos pacientes graves e vacinar em curto espaço de tempo grande numero de pessoas nos locais da ocorrência da doença e assim controlar a infecção evitando a expansão para áreas urbanas infestadas pelo mosquito Aedes aegypti.

    Quais são os sintomas?

    A Febre Amarela é uma doença com grande potencial de gravidade, podendo ser letal de 20 a 60% dos casos. O Período de incubação (tempo entre a picada do mosquito e o aparecimento dos sintomas) varia de 3 até 15 dias e os principais sintomas são febre, dor de cabeça, náuseas e dor muscular generalizada com inicio na região lombar. Os casos mais graves podem apresentar icterícia (pele e mucosas amarelas), vômitos, urina escura, sangramentos espontâneos e sonolência com diminuição da consciência.

    O diagnóstico da doença, principalmente em períodos de epidemia se baseia no quadro clínico com alguns exames de sangue que são de simples realização e podem ajudar na suspeição da doença. A confirmação definitiva da Febre Amarela ocorre com o exame de sangue especifico (sorologia e  detecção viral – PCR).

    E a vacina? Devo tomar?

    A vacinação é a melhor medida de proteção contra a Febre Amarela, e deve ser aplicada em todas as pessoas em área de risco que não tem contraindicação para a vacina, com idades entre 9 meses a 60 anos.

    A Vacina está disponível em unidades básicas de saúde, ambulatórios de viajantes e clinicas privadas. Ela é eficaz e pode ser aplicada tanto na sua dose integral (0,5 ml), com validade para toda a vida, quanto na sua dose fracionada (0,1 ml), com validade de 8 anos.

    As gestantes, mães amamentando, pessoas com mais de 60 anos e crianças de 6 meses até 9 meses, em geral não devem tomar a vacina, mas em momentos de epidemia este grupo pode ter a vacinação liberada.

    Por ser uma vacina feita com o vírus atenuado, pessoas que apresentam algum problema de saúde que leva a baixa da imunidade, ou que tomam medicamentos que levam a imunossupressão, na maioria das vezes não podem tomar a vacina, e devem conversar com o seu médico para juntos tomarem esta decisão. A vacina é contra indicada para pessoas que tem alergia ao ovo de galinha e para pessoas com imunossupressão importante (por exemplo doenças reumatológicas graves, câncer em  quimioterapia ou transplantes de órgãos).

    Podem ocorrer efeitos adversos com a aplicação da vacina, mas normalmente  são leves como dor local, vermelhidão local, dor de cabeça, dor muscular leve e febre baixa. Em raríssimos casos pode ocorrer a doença da Febre Amarela devido a aplicação da vacina.

    As pessoas que não podem ser vacinadas devem evitar as picadas e podem utilizar repelentes em toda a área corporal exposta (com as substâncias DEET, IR3535 ou Icaridina) e utilizar roupas compridas e claras.

    E para os viajantes?

    A vacina da Febre Amarela é exigida para o ingresso em alguns países. Ela deve ser feita em sua dose integral e pelo menos 10 dias antes da viagem. O certificado internacional de vacinação é disponibilizado nos postos credenciados da ANVISA, basta levar o comprovante de vacinação. Para o grupo que não pode tomar a vacina existe o certificado de isenção da vacina, formulário que se encontra no site da ANVISA e pode ser preenchido pelo medico titular da paciente.

    Dra. Beatriz Perondi
    Pediatra e Médica do Esporte

    A importância de prevenir a obesidade infantil

    A prevenção da obesidade infantil inicia-se mesmo antes da concepção da criança.   

    A preocupação com a alimentação saudável da família e a prática de atividade física devem ser desenvolvidas pelo casal logo que almejam ter filhos.

    O hábito familiar pode influenciar o desenvolvimento da obesidade infantil. Pais com comportamento nutricional não adequado, que tendem a escolher alimentos ricos em gorduras e açúcares, e que são sedentários, influenciam diretamente no comportamento de seus filhos, estimulando os hábitos alimentares inadequados e induzindo o desenvolvimento da obesidade infantil.

    A obesidade infantil é um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade. A obesidade expõe as crianças a um desajuste social como bullying e complicações metabólicas semelhantes as do adulto como as doenças  cardiovasculares, resistência a insulina e doenças musculoesqueléticas. Sem intervenção, a doença tende a perpetuar para adolescência e na fase adulta.

    Os dados atuais são alarmantes, a Organização Mundial de Saúde (OMS)  estima que 41 milhões de crianças abaixo dos 5 anos estão obesas ou com sobrepeso. Se tal crescimento  continuar, estima-se que teremos 70 milhões de crianças obesas em 2025![1]

    A prevenção da obesidade infantil é a melhor estratégia para  desacelerar tal epidemia. Sabemos que tratar a criança obesa é sempre mais trabalhoso e resistente.

    Se a mãe estiver com sobrepeso ou obesa, deve procurar aconselhamento médico e nutricional, mudar o estilo de vida e iniciar uma gestação com peso adequado.

    Sabe-se que mães obesas podem, por modificações epigenética, estimular o desenvolvimento da obesidade no filho. O diabete gestacional, mais frequente em gestantes obesas, também pode exercer influencia no desenvolvimento de bebes com maior peso e com risco de obesidade infantil.  

    Existem dados na literatura que descrevem experimentos em camundongos geneticamente predisposto à obesidade. Tais estudos observaram que a obesidade durante a gestação poderia alterar, no feto, o desenvolvimento de circuitos neuronais centrais, reguladores da ingestão alimentar, gasto energético e armazenamento da energia.

    Devemos ter em mente que podemos influenciar o peso dos nosso filhos mesmo antes de sua concepção. Iniciar uma gestação com peso adequado, não engordar excessivamente durante o período gestacional, amamentar exclusivamente com leite materno e manter uma alimentação saudável são ações importantes para prevenir a obesidade infantil.  

    [1] http://www.who.int/end-childhood-obesity/en/

    Dra Sandra Mara F Villares
    Médica endocrinologista
    Clinica Move

     

    Osteoporose e Densitometria Óssea

    A osteoporose é uma doença metabólica sistêmica que acomete todos os ossos do corpo. Eles vão se tornando mais porosos e frágeis (ou seja, ficam com maior tendência a fraturas). Os ossos mais comumente fraturados são os do quadril, os da coluna vertebral e os dos punhos.

    A perda de massa óssea, na maioria das vezes, é silenciosa e contínua. Não leva a sintomas que são facilmente identificáveis. O primeiro sinal de osteoporose pode ser uma fratura. Em alguns casos, pode-se encontrar também uma perda da altura como o único sinal de que uma pessoa tenha osteoporose (e apresenta fratura nos ossos da coluna vertebral). A doença pode acontecer em qualquer idade ou sexo, mas é mais comum em mulheres com mais idade.

    Como é considerada uma doença silenciosa, os médicos devem orientar medidas para a prevenção e solicitar exames para o seu diagnóstico (quanto mais precoce, melhor). Fundamentada nos valores da densidade mineral óssea (DMO), a Organização Mundial de Saúde define osteoporose como T-score na DMO abaixo de 2,5 desvios-padrão (DP).

     

    CATEGORIA DEFINIÇÃO
    Normalidade T-score > – 1 DP
    Osteopenia -1 > T-score > – 2,5 DP
    Osteoporose T-score ≤ – 2,5 DP
    Osteoporose Estabelecida T-score ≤ – 2,5 DP e pelo menos 1 fratura porfragilidade óssea

     

    A densitometria óssea é o exame mais importante para diagnóstico, seguimento e investigação dos pacientes. Este exame utiliza um aparelho com a técnica dedupla emissão com fonte de raios X (conhecida como DXA), onde a massa óssea é descrita em valor absoluto (em g/cm2), T-score e Z-score. O T-score é utilizado para avaliar o risco de fratura em mulheres na pós-menopausa e em homens com mais de 50 anos. Já em crianças e adolescentes, nas mulheres na pré-menopausa e em homens até 50 anos é usado o Z-score.

    É um teste rápido (em torno de 15 minutos) e indolor. É importante lembrar que mulheres com suspeita de gravidez ou grávidas não podem fazer o exame. Os locais geralmente avaliados são a coluna lombar total e a região proximal do quadril (tanto o colo do fêmur, como o fêmur total).

    Densitometria Óssea

    As indicações clássicas para realização da densitometria óssea são:

    • mulheres com 65 anos ou mais
    • homens com 70 anos ou mais
    • mulheres na pós-menopausa abaixo dos 65 anos
    • homens de 50 a 70 anos com fatores de risco
    • adultos com fraturas de fragilidade
    • adultos com doença associada à perda de massa óssea
    • adultos em uso de medicações associadas com perda de massa óssea
    • pacientes onde o início ou a troca da terapia farmacológica esteja sendo considerada
    • pacientes em tratamento, a fim de monitorar a eficácia da terapêutica.

    Por isso é importante procurar o seu médico para que o diagnóstico seja feito o mais rápido possível.

    Dr. Marco Antonio Gonçalves Pontes Filho
    Clínica Médica e Reumatologia
    Clínica Move

     

     

    Mousse de Pêssego com Iogurte!

    Para aproveitar uma das frutas da época: Mousse de Pêssego com Iogurte! É só bater um pote de iogurte sem sabor, um pêssego (de preferência orgânico, use a casca!) com melado ou agave (opcional) no liquidificador. Leve à geladeira ou ao congelador. 

    O pêssego é uma fruta nativa da China, onde é considerado um símbolo de imortalidade e amizade. Tem baixo teor calórico, é rico em fibras, vitaminas e minerais (A, C, E, K, B3, ácido fólico, colina, ferro, potássio, magnésio, fósforo, selênio, manganês, zinco e cobre).  Melhora o funcionamento do intestino, fortalece o sistema imunológico, faz bem para a pele, tem função diurética e é rico em compostos antioxidantes!  Aproveitem!