Hipotireoidismo: o que é, fatores de risco e sintomas

O hipotireoidismo é a doença mais comum da tireoide e resulta da produção deficiente dos hormônios tireoidianos. Isso leva a lentificação dos processos metabólicos, que pode acarretar redução da performance física e mental do adulto. Apesar de poder acometer qualquer pessoa, é mais comum em mulheres e sua ocorrência aumenta com a idade.

A principal causa do hipotireoidismo é uma doença autoimune que afeta a tireoide, denominada Tireoidite de Hashimoto. Outras causas incluem o tratamento com iodo radioativo ou cirurgia da tireoide e causas mais raras como problemas na hipófise.

Os sintomas incluem: cansaço excessivo, sonolência, intestino preso, menstruação irregular, falhas de memória, depressão, dores musculares, pele seca, queda de cabelo, ganho de peso (de 2-4 kg), intolerância ao frio.
Esses sintomas não são exclusivos do hipotireoidismo, por isso a suspeita clínica deve ser confirmada com a dosagem de T4 livre (que estará baixo) e TSH (que estará alto).

Pessoas com hipotireoidismo leve podem não ter qualquer sintoma e atualmente a maioria dos pacientes com hipotireoidismo é diagnosticada com sintomas leves ou assintomáticos, através de exames de rotina.

Os principais fatores de risco para hipotireoidismo são: idade acima de 60 anos, histórico familiar de hipotireoidismo, histórico pessoal de doença autoimune, histórico pessoal de alterações na tireoide (cirurgia, radiação, tratamento para hipertireoidismo, tireoidite), síndrome de down e síndrome de Turner, presença de bócio, uso de algumas medicações como amiodarona e interferon.

A American Thyroid Association recomenda que a função tireoidiana seja avaliada pelo menos 1x a cada 5 anos em pacientes acima de 35 anos e naqueles com fatores de risco.

Se você apresenta algum dos sintomas descritos acima e/ou se possui algum fator de risco para desenvolver hipotireoidismo, converse com seu médico, procure um endocrinologista.
Importante: A biotina, muito utilizada para melhora dos cabelos e fâneros, pode alterar falsamente os exames da tireoide, se você colheu exames em uso de biotina, comunique seu médico, se ainda vai colher os exames, suspenda o uso 3 dias antes da coleta.

Dra. Mirela Miranda
Endocrinologista da Clínica Move

Meu filho está crescendo adequadamente?

O crescimento do ser humano acontece em velocidades e ritmos diferentes durante as fases da vida, e para cada idade há uma faixa de normalidade e não uma altura ideal. Geralmente, os filhos atingem alturas semelhantes ao de seus pais, por isso cada criança tem um potencial de crescimento particular que deve ser reconhecido e respeitado.

O potencial genético de crescimento da criança é avaliado através do cálculo da estatura alvo, a partir da estatura dos pais. A estatura final pode variar 8cm pra mais ou para menos dessa altura alvo, denominado canal familiar.
Durante a vida uterina, a velocidade de crescimento varia de acordo com a idade gestacional. Doenças genéticas ou alterações ambientais e placentárias podem determinar restrições no crescimento intrauterino, levando ao nascimento de crianças pequenas para a idade gestacional; isso pode influenciar no crescimento pós-natal e na estatura final.

A partir do nascimento, o hormônio do crescimento, chamado GH (Grownth Hormone), passa a ter papel primordial no crescimento da criança. Nos primeiros 3 anos de vida elas tendem a apresentar crescimento variável com intuito de alcançar o percentil de crescimento do seu canal familiar, por isso é importante avaliar em qual percentil de crescimento a criança se encontra ao fim do 3o ano e se está compatível com o seu canal familiar.

No primeiro ano de vida as crianças crescem em média 25cm; no segundo, 12cm; no terceiro 8cm e após o 3o ano, ocorre uma redução gradual da velocidade de crescimento até atingir um patamar de 4 a 6cm ao ano. Quando a criança está prestes a entrar no estirão da puberdade pode haver uma desaceleração ainda maior do crescimento, causando apreensão dos pais. Na puberdade, a criança passa por um período de 2 anos de crescimento acelerado (8 a 12cm ao ano), chamado de estirão puberal. A idade óssea é o grande preditor de crescimento e deve ser avaliada sempre que houver dúvidas quanto ao crescimento e desenvolvimento. Após o estirão puberal a criança passa a crescer muito lentamente até atingir sua estatura final, que ocorre com a idade óssea de 16 anos nas meninas e de 18 anos nos meninos.

De um modo geral, deve-se investigar déficit de crescimento em casos de:

• Crianças com estatura muito abaixo do esperado para idade e sexo (abaixo do percentil 2,5)
• Crianças que apresentam queda no percentil da altura após os 3 anos de idade ou velocidade de crescimento muito abaixo do esperado para idade e sexo
• Crianças com altura incompatível com o canal familiar.

Na maioria das vezes a baixa estatura ocorre devido seu canal familiar (pais baixos) ou por ter um crescimento mais lento (nesses casos a idade óssea também está atrasada e compatível com a estatura). Nessas situações, geralmente apenas se acompanha o crescimento, pois essas crianças atingirão sua estatura alvo. A garantia de uma alimentação variada e balanceada, sono em duração e horários adequados (mínimo 8 horas por noite), atividade física regular e exposição solar para produção de vitamina D são essenciais para o crescimento adequado das crianças.

Todas as crianças devem ser acompanhadas periodicamente quanto à sua curva de crescimento pelo pediatra. Os pais devem ficar atentos a sinais de alterações comportamentais, aparecimento precoce de caracteres sexuais (<8 anos em meninas e <9 anos em meninos), padrão alimentar, hábito intestinal, alterações importantes no peso corporal.

Diversas doenças metabólicas e hormonais podem afetar o crescimento infantil como hipotireoidismo, obesidade, erros alimentares, puberdade precoce, síndromes genéticas, doenças crônicas e uso de medicações. O diagnóstico precoce possibilita um melhor resultado, e quando a investigação mostra que a baixa estatura resulta de alguma doença, ela deve ser tratada.
O tratamento consiste na correção das doenças de bases e na reposição do GH em casos selecionados.
É sempre importante a avaliação do pediatra e de um endocrinologista na investigação e tratamento dessas crianças e adolescentes!

Dra. Mirela Miranda
Endocrinologista da Clínica Move

10 atitudes saudáveis para perda e manutenção de peso

1. Fazer exercícios físicos regularmente. O aumento do gasto energético não ocorre apenas durante o momento em que o exercício está sendo feito, mas permanece mais elevado pelos próximos dois dias. Estudos mostram que, para prevenir o ganho de peso e favorecer a manutenção de peso, a realização de 150-200 minutos semanais de atividade física de intensidade moderada são suficientes. Para promover a perda de peso, seriam necessários de 225-420 min/semana de exercício de intensidade moderada.

2. Monitorar a alimentação. Faça um diário alimentar, leia os rótulos dos alimentos, observe ingredientes, a composição de macro e micronutrientes e a quantidade calórica da porção que vai consumir.

3. Monitorar o peso. Procure se pesar sempre nas mesmas condições (idealmente pela manhã, logo após acordar e esvaziar a bexiga).

4. Preparar refeições em casa. É importante tentar eliminar alimentos industrializados e fast food, usar menos gordura na preparação dos alimentos, aumentar a ingesta de legumes e verduras.

5. Beber água. Manter-se hidratado reduz a sensação de fome, aumenta a saciedade, e mantém o metabolismo em bom funcionamento.

6. Comer devagar e mastigar bem os alimentos. O ideal é mastigar o alimento de 20 a 30 vezes antes de degluti-lo. Isso melhora a saciedade, permitindo que o paciente se contente com menor quantidade de alimentos em cada refeição.

7. Tomar café da manhã diariamente. Estudos comprovaram que quem toma café da manhã diariamente tem maior chance de manter o peso perdido do que quem não toma.

8. Ter contato frequente e regular com seu médico e nutricionista, para rever os progressos, reavaliar condutas e corrigir erros.

9. Nunca se culpar por recaídas. Elas são normais e não significa falha do tratamento, mas sim um motivo a mais para voltar a se empenhar no tratamento.

10. Procure um médico endocrinologista para ajudá-lo nessas atitudes.

Dra. Mirela Miranda
Endocrinologista da Clínica Move

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